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Outro dia, quando fui ao meu banco, notei que não existia mais caixa eletrônico. Achei estranho e perguntei o porquê. A moça do caixa me informou que agora só teria em outra agência. Então, pensei que, no dia que eu precisasse, poderia tirar em outro caixa eletrônico, ja que existem diversos espalhados em supermercados, etc.

Qual foi minha surpresa ao ver que, no supermercado, o caixa eletrônico estava desativado, assim como em outros lugares que eu pensei que ainda iria encontrar.

A verdade é que a vida do “dinheiro vivo”, as notas e moedas, está chegando ao fim. Acho que isso culminou também com o Covid, pois, as pessoas passaram a ter medo da contaminação. Para tirar dinheiro agora, somente entrando no banco.

Depois, veio essa invenção do PIX que, para mim, foi a melhor que já existiu. Quando estive no Brasil e fui ao banco onde recebo a aposentadoria, falei com o gerente da dificuldade de, morando tão longe, poder movimentar meu dinheiro. E ele me perguntou: - “Você não tem PIX?” E eu nem tinha ideia do que era isso. Tive que baixar o aplicativo do banco no meu telefone e ele rapidamente criou meu PIX. Para mim, isso foi uma das melhores descobertas! Fácil, direto, objetivo, passou até a ser motivo de piada no Brasil: “brigou comigo? Só aceito desculpas com PIX.” Além disso, existem as transações online, transferências bancárias e outras.

Interessada nesse assunto, procurei alguns artigos sobre isso e li que, na Suécia, pretendem abolir o dinheiro até 2025. Na China, está sendo desenvolvida uma moeda digital oficial, chamada de yuan digital. A Dinamarca também está estudando a possibilidade de criar a coroa digital, uma versão eletrônica da moeda nacional. E, no Brasil, já foi definido o nome da nova moeda pelo Banco Central, o Drex. 

Uma coisa é verdade: que com o desaparecimento do dinheiro vai diminuir bastante os assaltos. Aqui nos EUA é normal assaltarem postos de gasolina (que, na verdade, são tipos de loja de conveniência, que têm de tudo um pouco). Lembro que minha sogra dizia para o Roque: “Leve um dinheirinho no bolso para o ladrão”. Isso porque, antes, quando o malandro não encontrava dinheiro com a vitima o resultado não era bom.

Eu, como “old school” (como chamam aqui as pessoas que são antigas), sei que vou demorar para me acostumar sem um dinheirinho na carteira… Já para os "millennials", chamada geração Y, vai ser muito fácil, pois, parece que já nasceram conhecendo tecnologia.

Quando eu era criança, fazia coleção de selos;  quem sabe as crianças de hoje passarão a colecionar algumas notinhas e que mais tarde os colecionadores ficarão de olho.

No futuro -  penso que passaremos a ver o dinheiro numa vitrine de museu.

 

PS: Comentando um texto do Walmor Zimmerman hoje (que tambem esta lutando, como eu, com a modernidade) contei a ele que quando peguei um Uber no Brasil quis dar uma gorgetinha para o motorista, e ele disse: "Moca, so aceito Pix". E eu nao tinha Pix ainda... e fiquei intrigada que mesmo assim ele nao aceitou o dinheiro.  Mundo moderno!

 

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Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 02/02/2024
Reeditado em 04/02/2024
Código do texto: T7990371
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