AINDA QUE FOSSE A ÚLTIMA PROFISSÃO DO MUNDO...

                         E não quero dizer com isso que desdenho a “relativa” importância daqueles que conseguem exercer semelhante ocupação de qualquer maneira...

                        Também não ignoro que deve ter uma certa importância na vida de toda e qualquer pessoa...

                        Mas, o ambiente político, local de muitas regalias, muitas benesses, muita fartura, etc., destinado a homens e mulheres, sem uma cultura espiritual, torna-se um ambiente de corrupção! Torna-se um péssimo local de convivência social...

                        No final, vale sim o velho e bom ditado popular: “É COBRA ENGOLINDO COBRA!”

                        Mas, entre as serpentes pelo menos, existe o necessário controle existencial de algumas espécies em detrimento e em prejuízo de outras... sim, ainda porque, naquele caso, algumas não peçonhentas,  ou seja,  não venenosas são de boa convivência ainda que indiretamente com os seres humanos e são sempre as vitoriosas no seu “abate” necessário! São responsáveis pela saúde física de seu predador natural... o ser humano!

                        Ao contrário da espécie “king cobra”, que além de predar a perigosíssima Naja, ainda tem bastante veneno para matar mais de 90 seres humanos de uma única injetada de sua peçonha, se por incidente, encontrar essa outra espécie! (Humana).

                        Os políticos, são mais ou menos comparados a essa última espécie: matam e predam seus oponentes de outra espécie, matam e predam sua própria espécie e ainda de “quebra”, assassinam outros potenciais rivais...

                        Em suma: péssimo ambiente para convivência, ainda que disfarçados  de homens excepcionais...

                        Eu não tenho certeza se em toda parte do mundo os políticos se portam e se comportam como os políticos brasileiros, mas, aqui essa espécie de casta, só o são tolerados porque a grande maioria do eleitorado, estão preocupados somente com suas próprias vidas, porque se parassem um pouco para analisar, avaliar e exigir um pouco mais desses senhores, ficariam verdadeiramente estupefatos ao constatarem que a grande maioria está lá, (no meio), tão somente para gastar o dinheiro dos contribuintes na satisfação simplesmente de sua ambição pessoal... nada mais!

                        E não foi sem motivo que RUI BARBOSA (1) asseverou: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

                        Como é possível existir (entre tantas outras dezenas, não sendo privilégio somente dele) um político como o sr. ARTUR LIRA, o qual, além de não fazer nada, absolutamente nada relevante para o BRASIL, tem a ousadia de ir ao Rio de Janeiro (antiga capital do império) desfilar numa escola de samba, como se fosse o homem mais justo, mais impoluto, mais digno, mais especial da face dessa sofrida Terra, desse pobre país, cujo Salário Mínimo é um dos piores do mundo e o índice de analfabetismo, miséria, etc., estão nos piores patamares e ainda assim, “sambar”, como se estivesse de fato, deixando transparecer sua legitimidade como político, passando a mensagem para aqueles que o vem, o sentimento de: (o Brasil e o mundo) “MISSÃO CUMPRIDA!”

                        Ainda que fosse a última profissão na face da Terra para ser exercida, eu abomino... eu tenho pavor!

                        Qualquer ser humano, desprovido de algum pudor, a partir do instante que entra lá para exercer o mister político, inevitavelmente, torna-se  da corrupção, da indiferença e mentiras oficializadas, apenas, mais um mantenedor!

                        Mas, alguém de que exercer a função... alguém precisa executar o serviço! Que sejam eles que estão destinados a isso!

==============================================================

 

(1) Rui Barbosa (Rui Barbosa de Oliveira), advogado, jornalista, jurista, político, diplomata, ensaísta e orador, nasceu em Salvador, BA, em 5 de novembro de 1849, e faleceu em Petrópolis, RJ, em 10 de março de 1923. Membro fundador, escolheu Evaristo da Veiga como patrono da cadeira nº. 10 da Academia Brasileira de Letras