A primeira (re) escrita no diário

Eu vou escrever colorido por quê eu escrevia dessa maneira quando eu tinha meus quatorze anos, e bem, acho que se eu ainda tivesse essa idade ou o triplo dela escreveria assim também.

Já faz uns cinco anos desde então, das coisas que pensei viver, não vivi, das coisas que não possibilitaria imaginar aconteceu, aconteceu coisas demais. E continuo vivendo.

Na verdade, só comecei esse diário depois de ouvir um "você precisa ser autêntica ao escrever um diário". E comecei a pensar se eu já era autêntica antes, apesar de, ser puramente obrigada no ensino médio a escrever um diário. Mas respondo aqui o questionamento: Sim, eu era sincera ao dissertar sobre meu dia, dias esses que me desperta um desejo de voltar a ter aquela rotina, não a futilidade, mas pelo simples prazer de não ter responsabilidades. A verdade, é que, comparando esses distintos diários, nada é certo até que seja previsível, feito e aceito até chegar a hora. Pode levar tempo, anos ou nunca se descobrir verdadeiramente o que é. E não quero generalizar, mas sinto que deixei passar muitos dos meus mais profundos desejos, por medo talvez. Mas medo do quê? Me pergunto. Das fofocas, do arrependimento ou do ato de não ter coragem de desbravar a mim mesma?

Aí de mim se fosse arrependimento. Tenho tantos deles, como bem diz o senso comum, não me matou. Um não seria capaz de mudar um destino completo. Seria? Afinal, parece que ultimamente eu tenho perseguido os sonhos que não são meus, será que ainda, eu por seu eu, diário por diário que nada tenha mudado. Os desejos ainda podem ser saciados e esse sonho, pode ser meu? Mesmo que não o sinta? Querido diário não me espere para me ver amanhã , pois, nada é certo até que seja previsível, feito e aceito.

Rayssa styles
Enviado por Rayssa styles em 20/02/2024
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