Inversão de valores

Vivemos no mundo da inversão de valores mesmo...

É impressionante como nos deparamos, dia após dia, com as injustiças as quais somos acometidos. É claro que estas injustiças têm os seus fundamentos. Claro, não poderia ser diferente. Tudo tem um motivo, mesmo parecendo que não...

Sempre que vimos uma pessoa ou um determinado fato sendo exaltado, quando justamente deveria ser ao contrário, sentimos aquela sensação de impotência... não física, mas moral!

Dá aquela ruim e amarga sensação de que não era para ser assim! Dá aquele sentimento de revolta. Não de inveja, por querer estar no lugar da pessoa, mas pelo fato de ser muito escancarado, muito declarado...

Às vezes assusta. Quase sempre assusta.

Sabemos que preferências existem. Proteções também. E que, definitivamente, o senso de justiça geralmente anda longe dos caminhos de quem tem o poder, a decisão. Exceções acontecem. Poucas, mas ainda acontecem. Pena que os que fazem a exceção acontecer, geralmente não são valorizados. Mais que isso: não são enxergados, não são vistos. Por vários motivos. Enumerá-los agora seria complicado, pois nunca sabemos o que as pessoas querem das outras ou como gostam de ser tratadas.

A inversão de valores parece perseguição. Muitas vezes pensamos que é. Tem momentos que chegamos até a pensar que as coisas só acontecem com a gente! Como, por exemplo, aquele chefe que implica com tudo o que você faz. Desde o menor até o maior, tudo você é analisado, observado, monitorado, acompanhado, revisado, julgado e... mais um pouco, por bem pouco, empacotado. Enquanto que, ao seu lado, aquela “ameba” que muito menos faz (ou em alguns casos, muito mais coisas faz – de errado), escapa de fininho de uma perseguição que às vezes, dependendo do humor de quem controla, pode durar horas, dias, semanas. Meses também ou até anos se a coisa te marcar e se tornar marca registrada sua.

E tudo isto porque um dia, lá atrás, você foi acometido daquela injustiça... que é cega, surda, muda e burra. Muito burra.

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