Tempo, seu valor

Tempo, seu valor

Qual o valor da sua infância?

Medos, desejos, descobertas incríveis, escola, brincadeiras, tecnologia.

Os heróis que constroem nossa identidade.

Amizades que nos fazem tão felizes.

Mas também a maldade que nos cerca.

A fé, os deuses que nos são apresentados.

Até os doze anos um pouco da inocência.

Qual o preço da sua adolescência?

Uma rebeldia instalada, temos os super poderes, nada pode nos abalar, destruir, somos invencíveis.

Músicas, danças, as artes, a cultura tomando todo canto dentro de nós. Temos a voz, uma ousadia que vai além do coração.

O primeiro amor, paixão, desejos, frustração.

Qual a profissão que devemos seguir, do coração ou da razão?

A fé, os deuses sem muita importância, as amizades vão assim cercando nosso mundo.

Somos imortais e venceremos o mundo.

Qual o preço da juventude?

Carreira, dinheiro, o amor; temos que casar, família, ser feliz; aliás a obrigação.

Mas vêm medos, insegurança, crescer; ser adulto tem seu alto preço. Mas a vida segue e as contas a pagar; alguém para amar, cuidar; ser feliz e bem-sucedido.

Agora a fé, os deuses a procurar; muitas religiões, crenças e descrença; um deus para cada um; comunidade, cultura e necessidade.

Vêm as crianças e os desafios; gente a cuidar e preservar; família na missão.

Porém ainda nem se resolveu e já vêm as demandas na caminhada da existência.

Qual o valor da vida adulta?

Sucessos, alegria, frustração; as inseguranças; filhos crescendo e se preparando para ir embora.

Estar no primeiro, segundo ou terceiro relacionamento; casamento?

Um mundo agora visto em outra dimensão; os erros, as certezas, as verdades; dúvidas; cabelos cor de prata; velocidade como tartaruga.

As pisadas desnecessárias; os achismos; a ignorância dentro da alma. O rio caminhando para as rugas na face.

A fé, Deus no outro olhar. Uma cosmovisão na experiência; viver e conviver com o outro.

Pensar e analisar equidade nas atitudes.

Mas o mundo não para; vai e volta como um bumerangue o tempo todo; às vezes bem nas costas.

Tempo como joia rara e brilhante; diamante; uma flecha com seu alvo ainda em espelhos confusos para refletir essa jornada de infinitude e eternidade para sempre além de toda existência terrena.

Mas tempo é apenas nossa moeda que só damos valor quando o tempo não se tem tanto tempo para decidir o rumo e o caminho de uma existência feliz no Absoluto.

Então tal Absoluto é dono de tudo ainda que em espelhos nada de bom eu veja.

Absoluto Senhor dos tempos!"

Mc Marcos Viana
Enviado por Mc Marcos Viana em 07/04/2024
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