O MAR DO ESQUECIMENTO

É incomensurável o mar do esquecimento e sobre ele as coisas negativas podem e devem ser jogadas e esquecidas para sempre. Por óbvio não se trata de algo físico, palpável, que possa ser visto, e nesse paralelo é que ele se mostra ainda mais intensamente encantador, sublime até. Porque sua fonte precipua, o maravilhoso manancial de que se reveste, flui da mais perfeita atitude tanto divina como humana e do sentimento ainda mais lindo ou tanto quanto o amor, sim, o mar do esquecimento nasce do perdão.

Perdoar qualquer ofensa, por mais contundente que seja, em sendo realmente sincero o perdão concedido, a ele acompanha o esquecimento, pois de tal forma é tamanho que se vislumbra comparado à imensidão do mar. Esse abstrato lugar há de ser tão grandioso tendo em vista ser possível nele caber as diversas vezes em que é necessário perdoar, isto é, setenta vezes sete, os vários erros, enganos, pecados e ofensas que para lá vão. Certamente tem as mesmas dimensões do coração amoroso sempre pronto para perdoar os arrependidos clamando por perdão, nenhum outro local abrangeria as proporções adequadas para conter tantos esquecimentos.

O mar do esquecimento, por conseguinte, no âmbito divino, é balizado pelas prerrogativas da sinceridade, de sorte que a mentira somente entra em seus domínios quando vestida com as suaves vestimentas do verdadeiro arrependimento e purificada pelo precioso, santo, sagrado e superior sangue de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No tocante à consciência humana perdoar e esquecer, arremessando ao mar do esquecimento tudo de ofensivo que nos é dirigido, precisa obedecer aos mesmos parâmetros de Deus se também quisermos idêntica clemência por nossos próprios erros e falhas.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 09/04/2024
Código do texto: T8038268
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