2013 (Aos Filhos) 7a Parte

Manifesto

MEU MANIFESTO PARA A REDE

Tenho necessidade de escrever UM GRITO

Sempre acreditei que a evolução seria algo inevitável.

Entretanto, esperava mais deste momento, mais clareza dos manifestantes, mais desenvoltura dos governantes, mais transparência da mídia que forma opinião, mais inteligência dos jovens.

O País desgovernado pode aguentar algum tempo para alguns, pouco tempo para outros, e pouquíssimo tempo para a maioria. Este Brasil, aparentemente retratado nas ruas, não é o Brasil de verdade.

Se houvesse uma queda de governo, seja em que escala fosse, instalar-se-ia a anarquia.

Perguntemos em Rede qual estrutura (nominal) de Poder, hierarquizando-a, a Rede propõe para governar o País.

Não acredito que se consiga preencher com nomes de consenso mínimo, nenhum dos postos que ficassem em vacância.

Nem mesmo pessoas recentemente expostas na midia, como o Ministro Joaquim Barbosa, seria consenso, exceto para ocupar aquele cargo para o qual ele se preparou.

Política governamental é caso para profissionais, e voltamos então ao enorme abismo que se criou em décadas, e que deve levar tempo para ser preenchido. Falta para as ultimas gerações a escola, o tino, a astúcia e a verdadeira compreensão da política, ciência que se estuda em composição multicurricular.

Quem foi para as ruas foi gritar por seus vazios, e isto é muito justo. Foi feito. Mas se não vier com a cobertura do bolo, vai ficar com gosto amargo.

Ha quem não queira ver que uma importante parcela de manifestantes (não em numeros relativos, mas em números absolutos) traz para a rua aquela cultura que lhes foi oferecida por muito tempo. E, nos saques e depredações, nos ataques a lojas, patrimônio público e propriedades particulares, expõe toda a estrutura conflituosa de estados diferentes de formação.

Mais do que diferentes partidos políticos, mais do que infiltrações ideológicas, mais do que contraposição de forças, começa a aparecer o rombo cultural em que o País esta mergulhado.

Vejam as opções de lazer e cultura que se oferece, com reais possibilidades de acesso, para a maior parte da população. De MMsss a BBBsss, passando pelo "vazio ocupado" de quadras, praças, e arenas, o que se espera formar, politicamente falando?

As ruas ocupadas expõem as necessidades.

Mas as mudanças verdadeiras só serão construídas com o tempo.

O tempo é necessário para reconstruir ou contruir um verdadeiro status cultural, que entenda a história desta terra, o tamanho desta terra, a diversidade desta terra.

Acho que alguns já gritaram isto, e então me junto a eles.

Não é por vinte centavos, nem por dinheiro algum.

É por educação e cultura.