"Um assassinato cruel e uma cabeça na bandeja de prata".

Ao compor a crônica "A matança dos inocentes", advogo, e, verdade é, que Jesus, o homem que revela Cristo aos homens tenha nascido, não no [20º] dia do mês de Tebete, no contexto judaico, equivalente a [25] de dezembro no contexto gregoriano, mas, entre o [30º]dia do mês de Zive e o [10º] dia do mês de Sivã, correspondente à, concomitantemente, o primeiro, 15 de maio e, o segundo, 25 de maio, no contexto gregoriano do século [21] quando se produz esta crônica.

Portanto, de acordo com o relato de Lokan, o médico grego e escritor de um evangelho, o Evangelho segundo Lucas, o anjo Gabriel, sendo o intercessor entre os homens e Deus, anuncia à Maria, à luz dos seus parcos dezesseis anos a gravidez, ainda que, plenamente assexuada, isto é, sem sexo.

Contam os relatos históricos bíblicos sobre a vida da mulher do sacerdote Zacarias que Maria (Mirian), ao visitar Isabel (Ishabel), que, como se sabe, está grávida de mais ou menos seis meses, à chegada de sua prima, o feto salta-lhe no ventre protegido pela espêssa parede do endométrio, um seguimento do útero.

Tal criança, de conformidade com a representação dos evangelhistas é, nada mais, nada menos do que o precursor messiânico, e, traz na missão a insígnia:... - [Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas], fala-se dele e desta ordenança na narrativa bíblica.

A seu tempo, diria ele mesmo:... - [Ego vox clamantis in deserto, ou, Eu sou a voz que clama no deserto.].

João, o Batista, entretanto, cometeu um lamentável equívoco...

Que não me critiquem os céticos, que me ouçam os pastores, que compartilhem comigo os teólogos, que se descamem os olhos turvos da literalidade dos crentes de todas as épocas, não me julguem, não ponham em meu intelecto palavras que não formulo, não deitem às lousas ou ao sulfite vocábulos que não escrevo... - simplesmente ouçam uma verdade através das vernáculas desta crônica.

Eu direi:... - [a degola de João Batista era desnecessária], no entanto, o meu afirmativo não infere um enfoque reprovatório, dado que jamais externarei:... - [ele estava errado], no mínimo, advogo sim, não era essa a missão recebida de Deus, haja vista que, a missão era:... - [Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas], e, não [corrigi à Antipater], o Herodes [prefeito], portanto não nome, mas título, de Jerusalém ao tempo dos ministérios joanino e messiânico.

Pergunto:... - [João Batista erra quando interpela a Antipater?]... - Não!

Deus, permite ao último dos profetas que levantou, o aplicativo [Não te é lícito possuir a mulher do teu irmão (Felipe)]?... - Não resta dúvidas!

Ora, glutões, bebedores de vinho, dados às festividades, um romano como Antipater, constantemente, promoviam as suas orgias particulares, e, não sendo diferenciado dos demais, o prefeito de Jerusalém oferece um banquete onde, de tal modo embedara-se que, ainda que já não suportasse sobre os vinte artelhos o peso de um corpo estimado em cento e dez quilos, mentalmente, Antipater coordenava, ainda, os pensamentos externados.

Shalome, nome hebraico, Salomé aportuguesado, filha de Herodias havia dançado, e, Antipater, inebriado e inconseqüente, prometera em um arroubo, ceder-lhe até a metade de todo o seu reino.

Pois bem, diante de tal promessa, Shalome consulta à sua própria mãe, dizendo:... - [O que devo pedir?].

Herodias, demônio do ódio, da vingança, e, da insensatez, sugere:... - [Pede a cabeça de João Batista aposta a uma bandeja de prata.].

Está configurado um dos mais crassos vilipêndios da humanidade...

Antipater, literalmente, mergulha nas águas das tormentas e da tristeza... - Quer recuar, mas como? Como bom romano, pondera em seu crasso entendimento:... - [Como voltar atrás na decisão?]... - [Impossível!].

Advoga-se:... - Vem daí a expressão:... - [Palavra de Rei não volta atrás!].

Antipater conclama ao carcereiro.

O carcereiro, todavia, ao receber a orden antipateriana no sentido de promover a degola de ninguém mais, ninguém menos do que João Batista, toma a sua capa, veste-a, pede uma audiência, e, firme, declara ao seu superior:... - [Creio que tu me fizeste carcereiro e não carrasco.].

Antipater, no entanto, agrega um grande aliado, o copeiro-mor Bruticus se oferece:... - [Antipater, se o carcereiro não quer fazer o serviço; faço eu, e, tomando na destra a esgrima, e, na outra a bandeja de prata, sai para a demoníaca empreitada. Entra na cela da masmorra, e, no cárcere, sem dizer uma palavra sequer, degola o sentenciado, acomoda a cabeça em uma bandeja de prata, e, segundo declaram alguns historiadores motivados pela tradição que se estende aos dias da atualidade, ao virar-se para sair, vê, milagrosamente empostado, a imagem de João Batista que lhe diz:... - [Vai, agora, e segue àquele que está pregando!].

Ele, entregando a bandeja à Antipater, retira-se do seu cargo de carcxereiro, e, entrementes passa três anos de sua vida acompanhando a seu Mestre e Senhor pelas ruas da Palestina...

Verdade é...

YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 19/01/2008
Código do texto: T823763
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