A MAQUINA DO TEMPO

Ernest era um dos anônimos da ciência que esperava um dia por sua grande descoberta. Dedicava cada segundo de sua vida para seu mais audacioso projeto, e embora tantos outros tivessem tentado a mesma idéia, ele tinha a certeza que conseguiria. Seria o primeiro a efetivamente construir a máquina do tempo. Com ela, suponha as vantagens de saber sobre tudo o que aconteceria no futuro, e assim, muito além da fama, tornar-se rico.

Então, numa noite, quando cada peça, cada parafuso, cada botão estavam em seus lugares ele programou o timer e entrou na máquina, donde esperava sair cem anos à frente. Quando recebeu o sinal de viagem completada, abriu a portinhola, e se deparou com um espaço vazio, sem som, e sem nada, onde imperava o nada, absolutamente nada.

Seu primeiro pensamento foi de que a máquina estivesse quebrada. Tentou mais umas duas vezes. Foi em vão, pois sempre se deparava com o mesmo cenário vazio. Estava pronto para quebrar o magnífico aparelho, quando resolveu retroceder no tempo, e voltar ao passado. Ele – o passado – estava lá, intacto. Já o futuro continuava incógnito, a cada ida que ele fazia com sua incrível máquina.

Douglas Eralldo
Enviado por Douglas Eralldo em 23/01/2008
Código do texto: T829839
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