Crônica de uma crônica
Falava sobre internet, sobre o quanto temos de pessoas lendo e escrevendo independente se usam canetas e papéis ou um computador.
A vida se tornou tão complexa e ao mesmo tempo tão simples.
Podemos encontrar inspiração em um chat, em um site de fotografias, vendo blogs os quais pessoas descrevem em poemas o que sentem, sofrem, choram ou sorriem.
Vivemos amores, desamores, sabores e desabores, o universo netiano seduz, inflama e explode.
É tudo tão rápido, dias parecem anos, anos parecem décadas, um envolvimento tão profundo por letras e dizeres, em frases feitas ou não, em versos cuspidos ou sacramentados pelo amor e pelo ódio.
O fato é que aquele velho e bom companheiro diário, ao pé da letra, virou um teclado que com o tempo se perde as letras de tão gastas, estranhamente, ou não, a primeira letra que se apaga é a "A", de Amor, de Amigo, de Alguém... De Adeus.
No final chega-se a conclusão de que a vida é arte, letra, textos de uma peça, sem ensaios, como diria Charles Chaplin...
SP 09/12/2005