PRA ENTENDER O SER HUMANO

Não entendo porque o ser humano adora intrometer na vida das outras pessoas. É a sogra que adora dar “pitacos” na vida do jovem casal. O pai que vive inventando trabalho para filho. A titia que adora arrumar namorado pras sobrinhas. Deviam estudar o ser humano e decifrar qual o gene responsável por tal proeza. Chega de “firulas”, afinal desse mato não sai cachorro.

Era uma tarde de sol e ele caminhava em ziguezague pelas arvores da pracinha. A sua frente apenas o coreto e muitas folhas no chão. Às vezes nos deparamos com estas situações cotidianas. Um homem pequeno com roupa esfarrapada com uma caixa de sapato nas mãos, dando voltas em torno do corpo. O próprio cachorro atrás do rabo. Primeiramente, pensei que eu tenho com isso, deve ser algum sujeito ruim da cabeça. Na cidade havia muitos molambos, entretanto esse era diferente, observei por uns vinte minutos antes de iniciar a conversar:

- O moço que voltas são essas? Esperando uma resposta obvia, sou doido e me deixa em paz, ou estou querendo morder o meu rabo e dá licença, por favor.

- O senhor quer contribuir com dinheiro pra imagem da santinha? Falou o molambo.

- Que santa essa moço? Pensei agora pirou de vez, vamos chamar a carrocinha.

- Que está aqui na caixinha. O senhor não ta vendo?

- Não. Na caixinha só tem folha de arvores meu caro!

- Ah! Cadelinha! Cachorrinha quando eu te achar “ocê” me paga! Falou o molambo abaixado na grama procurando a doce e pura santinha.

Osório Antonio da Cunha
Enviado por Osório Antonio da Cunha em 26/01/2008
Reeditado em 26/01/2008
Código do texto: T834013
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