O TEMPO DE TODOS

O TEMPO DE TODOS

O relógio implacável do tempo não pára, conta ininterruptamente os segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos e milênios, deixando atrás de si rastros de progresso, destruição, alegrias, dores e tristezas não se importando com o uso que se faz dele.

Constroem-se cidades, vias de transporte moderníssimas, aparelhos de última geração, máquinas sensacionais que atingem outros planetas, ao mesmo tempo em que cresce o desmatamento, a fome, a destruição da flora e da fauna e envenenamento e supressão dos mananciais.

Aumento da expectativa de vida por um lado e por outro o desprezo pela vida humana com o crescimento da pobreza, por conta da má distribuição de renda e bens de consumo à disposição e de políticas que cerceiam o acesso à educação, saúde, moradia e posse da terra, contribuindo assim para o aumento da violência.

Indiferente a tudo isso o relógio marca o tempo de todos; para uns mais e para outros menos até que seja consumido o calendário vital de cada indivíduo, deixando vazio o espaço que ocupavam na família e na sociedade.

Cada um deles escreveu a sua história com páginas importantes ou negativas, dependendo das oportunidades recebidas e o aproveitamento de cada um, ressalvadas as suas capacidades ou atrevimento ou covardia diante de cada evento.

Com a morte do indivíduo encerra-se o seu livro com inúmeras páginas em branco ou a terminar; projetos em andamento, sonhos a realizar, talvez pela falta de coragem e o conseqüente adiamento para sua realização.

O que teriam escrito nessas páginas se o calendário particular de cada um não tivesse sido interrompido? Muitos não dispuseram de tempo para a realização de seus projetos, pois foram colhidos ainda no verdor de seus anos, impedindo-os em aumentar as páginas a serem escritas.

Se aos nossos olhos existem páginas a serem escritas, certamente para o Autor da vida nada há a acrescentar. O livro da vida de cada ser criado está completo, pois registra a biografia de que Ele necessita para a aplicação do seu conceito de misericórdia que levará em conta as capacidades e dificuldades de cada um.

Por certo a avaliação que Ele fará não obedecerá aos critérios humanos, dado a sua Onisciência que vê valores que o egoísmo humano não percebe ou valoriza. Daí a nossa esperança, visto que não seremos salvos por nossos possíveis méritos, mas simplesmente pela misericórdia divina. Se assim não fosse nós estaríamos irremediavelmente perdidos porque os méritos foram conquistados por Jesus Cristo, o único e suficiente salvador pelo seu sacrifício de cruz, não restando salvação a não ser por Ele.

Que outro foi capaz de tamanha prova de amor? Olhemos para a história: alguém foi capaz de semelhante doação? Algum deles foi capaz de ressuscitar? O túmulo deles está entre nós e são conhecidos!

Jesus é o filho único de Deus; não nos iludamos com outra mensagem que não seja a sua, pois ela preenche todas as nossas necessidades. Seja qual for a duração do seu calendário deixe-o ser dirigido e monitorado pelo relógio que se chama Jesus e você sentirá a exata emoção de cada segundo vivido com Ele e Nele.

JOSE BENEDETTI NETTO

jose benedetti netto
Enviado por jose benedetti netto em 02/02/2008
Código do texto: T843811