FALTA DE PROFISSIONALISMO

FALTA DE PROFISSIONALISMO

O que mais se comenta nos dias atuais é a falta de profissionalismo de alguns cidadãos, que não cumprem com o juramento que fizeram nas suas conclusões de curso e colações de grau. Muitos casos horripilantes acontecem, mas a vítima se sente impotente ou falta-lhe coragem para denunciar fatos delituosos. Recentemente recebi de um amigo um e-mail, no qual ele mostrava com todas as nuanças e detalhes a sua mágoa contra profissionais médicos da Unimed. No teor das denúncias a principio a formulação era a seguinte: “A família e amigos de Jean Guimarães estão distribuindo via e-mail e impresso um manifesto de repúdio contra o Hospital da Unimed e alguns de seus profissionais”. Pela relevância do assunto e pela gravidade das denúncias, reproduzimos abaixo o texto, na íntegra. Desde já, sobretudo se coloca à disposição tanto do hospital como dos médicos citados no texto para que exponham aqui as suas considerações. Diz o reclamante e prejudicado e conta esmiuçado o que aconteceu com ele no hospital já citado nas entrelinhas. Aconteceu comigo no Hospital Regional da Unimed, e faz um alerta muito importante: “espero que não aconteça com você e com ninguém”.

Fala o reclamante: “Olá, meu nome é Jean Guimarães, tenho 44 anos, um filho de nove anos e sou Professor de Educação Física”.

Agora em tom de desabafo ele relata: “Vou relatar o que aconteceu comigo e espero que não aconteça com você”. Entrei no Hospital Regional da Unimed, no dia 24/11/07 numa manhã de sábado por volta das 7 h, com a alegria que sempre me foi peculiar, para fazer uma operação simples de vesícula e uma pequena hérnia umbilical. Estava acompanhado somente pela minha namorada e sogra, afinal era somente uma pequena intervenção cirúrgica que no mesmo

dia estaria no quarto me recuperando. Entrei na sala de cirurgia por volta das 8h e 30 min, acompanhado pelos médicos Dr. Adahil de Castro (cirurgião) e Dr. Edílson (anestesista). Ao ser sedado para iniciar a cirurgia tive um problema que até agora não entendo qual foi. Tentaram-me intubar e não conseguiram, colocando a minha anatomia como culpada e continuo sem entender, esse procedimento. Não obtendo o sucesso o médico foi à procura de outro para tentar ajudar a me salvar. Um médico especializado em cirurgia de tórax, só que ele estava em casa e demorou por volta de 10 minutos para chegar. Nesse espaço de tempo eu já estava em parada cárdio-respiratória, pois o Dr. Edílson Bandeira (anestesista) não me conseguia intubar nem tomar nenhuma decisão proativa para resolver o problema.

Conseguiram finalmente depois de aproximadamente 50 minutos me levar para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e lá me intubaram. A minha namorada que estava do lado de fora desesperada por falta de notícias recebeu uma ligação do médico Dr. Adahil de Castro Machado (cirurgião) responsável pela operação e, por conseguinte minha vida, que ela fosse até a UTI onde eu me encontrava, enquanto isso o Dr. Edílson Bandeira (anestesista) simplesmente sumiu. As explicações foram desencontradas e por volta das 15h de sábado o Dr. Adahil de Castro Machado (cirurgião) e Dr. Edílson (anestesista) tentaram explicar a minha família o acontecido e mais uma vez com meias palavras e com contradições. O desespero do rapaz foi tão grande que nas suas denúncias ela repete várias vezes: “espero que não aconteça com você!”.

Chegando ao domingo 25/11/07 minha família totalmente atordoada com o fato de uma simples sedação causar grande estrago na minha vida, tentava obter esclarecimentos que eram passados somente nas horas de visita pelos médicos plantonistas; e me pergunto onde está o Doutor Adahil de Castro Machado (cirurgião) não tive notícias dele até agora? Ah!! E por falar em visita, quem me visitava aqui na UTI vinha sem nenhuma proteção como: máscara, roupa adequada, etc. Simplesmente lavava as mãos e entrava, espera aí, isso não é uma UTI! Onde o risco de infecção é inerente, se alguém estiver com alguma virose ou gripada sem saber, fungo na roupa, bactérias do lugar de onde veio etc. estamos correndo um risco imenso de infecção hospitalar.

“Espero que não aconteça com você? Só lembrando, estou falando do Hospital Regional da Unimed”. Na segunda-feira 26/11/07 após várias horas de angústia e sofrimento de minha família, mas com a minha melhora do quadro clínico de muito grave e instável para muito grave estável, meu irmão e meu cunhado resolveram perguntar sobre minha situação no hospital afinal, entrei para fazer uma simples cirurgia e agora estava numa cama de UTI, procuraram à recepção e foi perguntada a recepcionista: Gostaríamos de saber se existe alguma pendência do paciente Jean com relação ao Hospital? A resposta foi imediata: - Claro que não, pois se estivesse, já teríamos entrado em contato com a família, afinal qualquer procedimento que esteja fora do plano é cobrado antes de ser atendido, e o pagamento teria que ser feito na tesouraria. Meu cunhado exclamou: Quer dizer que se for necessário um remédio ou outro procedimento e o paciente não tiver pagado, ele morre e não é atendido! A recepcionista olhou, deu uma risada irônica e respondeu: Com certeza! “Espero que não aconteça com você”. Relembrando, estou falando do Hospital Regional da e dos senhores Dr. Adahil de Castro Machado (cirurgião) e Dr. Edílson Bandeira (anestesista). Na terça-feira 27/11/07, uma coisa me chamou a atenção, várias pessoas que ocupavam os leitos ao meu lado, estavam lá pelo mesmo motivo que eu, fazer uma pequena cirurgia ou um exame e acabaram lá ao meu lado.

Agora começo a entender: é por causa dos erros médicos, ou como eles chamaram o que aconteceu comigo e com a maioria que estava lá como é mesmo o nome. Há! Lembrei-me fatalidade! Fiquei melhor e me levaram para fazer uma tomografia para realmente saber como estava o meu cérebro já que, até aquele momento nenhum teste foi feito a esse respeito. Ao voltar minha família foi avisada friamente que eu estava com morte cerebral, notícia dada no estacionamento do hospital pelo Dr. Edílson Bandeira (anestesista), é ele mesmo o incompetente que praticamente causou todo este problema e que acabara de causar mais um, com o desespero da notícia, depois vendo a besteira que falou tentou refazer dizendo que teriam que esperar o relatório da neurologista. “Espero que não aconteça com você”. Na quarta-feira 28/11/07, resisti até quando pude e tive a morte cerebral decretada às 12h 05 min.

Mas todo final é o recomeço, agradeço a todos pelas orações e correntes feitas por todos. Só um lembrete, não se esqueça desses nomes: Hospital Regional da Unimed e dos doutores Adahil de Castro Machado (cirurgião) e Dr. Edílson Bandeira (anestesista). Esse fato ou acontecimento não é nenhuma história de carochinha é a mais pura realidade. Caso este que deveria ser analisado com mais rigor pelo Conselho Federal de Medicina. Estamos aqui como jornalista narrando um relato desesperado feito pela família do prof. Jean Guimarães durante a angústia espera na luta a favor da vida. Manifesto de repúdio contra os erros médicos não esclarecidos cada vez mais freqüentes.

Temos excelentes profissionais que honram suas profissões com denodo, dedicação e amor aos seus pacientes, mas existem aqueles que destrocem e acabam por cometer erros imperdoáveis como do professor Jean Magalhães. Com a palavra a Unimed que além de cobrar um absurdo em seus planos, inovou cobrando também pelo estacionamento dos carros de clientes, visitas e pacientes. É um absurdo que deve ser olhado com mais carinho pelas autoridades competentes.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

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Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 04/02/2008
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