A VERDADE E A MENTIRA!

Neste mundo hodierno, a Verdade está sendo relegada a planos rastejantes e, se desgastando pelos caminhos tortuosos e pavimentados pela lama da Mentira abjeta e ofuscante de benesses defectos, o que, mais onera os interessados, do que, lhes proporcionam vantagens reais.

Os caminhos da Mentira são alamedas suntuosas de brilhos convidativos e alastrantes.

Gota a gota, a Verdade se mescla nos percalços da Mentira maldosa sem, no entanto, nada Dela assimilar, apenas, esperando o ressurgir do acúmulo de suas gotas! Ainda espalhadas no jorrar da Mentira, intensa e suntuosamente oferecida, aos pusilânimes e incautos.

A Mentira é avalista voluntária de toda a falsidade ao seu derredor, enquanto a verdade, ainda em gotejo fica, temporariamente, sufocada. Ambas, ficam nos meandros da Vida, mescladas ao Ser que as aglutina, sendo, portanto, a Mentira aceita e a Verdade... Omitida!

Com a aparência vã sobrepondo e dominando o cerne da humanidade descrente de valores morais, a mentira em combate diuturno vem, momentaneamente, vencendo a verdade pura e cristalina, destarte, ainda opaca.

O egoísmo e o orgulho, agregados aos Seres humanos venais, faz da mentira a sua guia e, da Verdade, um seguidor escravo do que a Mentira lhe revela nos seus ouvidos de imprevidente.

A Calúnia acompanha a Mentira, coligada com a difamação, massacrando a honra e, deixando-a em nichos, todavia, ao lado da Verdade latente, medrando nos rodas-pé dos indivíduos, porém, trazendo com Elas a força do Bem, no momento, esquecido!

Nem Jesus, filho do Deus vivo! Escapou da Mentira e, apesar de trazer com Ele a Verdade insofismável e pura aos jorros e borbotões, pela união das suas gotas, acabou no Calvário, por vontade própria, comprovando que devemos ir ao máximo do sacrifício para a união de um colar imaginário de todas as “gotas da Verdade” que tenhamos no nosso âmago, não importando que Elas estejam sendo forçadas e pisoteadas pela Mentira.

Se o Ser humano não conseguir vencer a Mentira com a sua Verdade límpida, à espera Dele está o Paraíso, onde, não ocorrerá a miscigenação, pois, Lá! A Verdade é um oceano de pureza e, a Mentira não o envolverá por ser uma vil defecção desencapada e propelida em direção do Abismo, pelo nosso Salvador e Guardião do Bem sem a junção do Mal, o doce... Jesus!

A seguir, apresento um poema inédito de minha autoria, alusivo ao texto supra referenciado...

Por caminhos tortuosos

A verdade se desgasta,

Por alamedas suntuosas

A mentira se alastra!

Gotejando, a verdade flui,

Em percalços de maldade,

Nesse ínterim, a mentira,

Jorra com intensidade!

A mentira é fiadora

De toda a falsidade,

Enquanto a verdade...

Sufoca-se na iniqüidade!

A mentira e a verdade

Mesclam-se pela vida,

A primeira é aceita,

A segunda... Esquecida!

Com o “exterior” mandando

No ego da humanidade vã,

A mentira, em combate...

Derrotará a verdade sã!

O egoísmo e o orgulho

Do ser humano atual

Faz da mentira um anjo

E, da verdade... Chacal!

A infâmia segue a mentira

Que vai se aderindo à difamação.

A honra, pobre e esquecida,

Medra, com a verdade no chão!

Nem Jesus, o salvador!

Da mentira se escapou,

Sua verdade límpida...

Ao calvário o levou!

No paraíso da ventura

Não haverá miscigenação.

A verdade é água pura,

A mentira: vil dejeção!

Sebastião Antônio Baracho.

conanbaracho@uol.com.br

Sebastião Antônio Baracho Baracho
Enviado por Sebastião Antônio Baracho Baracho em 12/02/2008
Código do texto: T856235