"O preço do feijão não cabe no poema(...)"

"O preço do feijão não cabe no poema(...)" - Ferreira Gullar

Lembram desse poema que se chama NÃO HÁ VAGAS, estava no início da tarde em casa, fazendo o almoço enquanto assistia o jornal da tarde, não sei porque é meu preferido, acho que nesse horário não tem ninguém em casa, passando na frente da tv, achando que por eu está na pia, eu não estou assistindo...(risos), lembrei da minha mãe que fazia o mesmo que eu faço, mas na época eu achando que pelo fato de ela está na cozinha não estava assistindo o jornal...(só era eu mudar...que minutos depois ela gritava: Mariaaaa põe no jornal!!!).

Bom, mas voltando ao assunto em pauta, o fragmento do poema de Gullar, nossa quão real é esse fragmento, como tantos outros que ele menciona o pão, leite, gás, luz, telefone, será que ele era casado? Homem quando reclama dessas coisas ou é economista ou é casado, homem nunca sabe o preço de nada.

A reportagem, voltando ao jornal...falava sobre o preço ABSURDO do feijão que em algumas cidade chega até o preço de 7,00, gente...eu lembro que na época das vacas magérrimas da minha meninice, eu ficava chateada por ter que comer feijão e arroz todos os dias, e agora vê uma senhora...velhinha já quase chorando na tv dizendo pra repórter:" Pobre não come mais feijão, minha filha". Enquanto divagava que a comida tipicamente brasileira era a dupla: ARROZ-FEIJÃO.

É, faz tempo que não compro feijão aqui pra casa, até tento, mais quando lembro da minha infÂncia e do preço...saio correndo, talvez eu

aceite a sugestão dos nutricionistas, troque o feijão por grão de bico, lentilha, soja...aí me livro do trauma de infÂncia e do gasto. Por que como Gullar dizia: "O preço do feijão na cabe no poema" ou será no "bolso do poeta".

BOM ALMOÇO!!!