"Retratos urbanos... - [A sol por testemunha!"].

Antes de tudo... - algumas advertências (1)...

[Faciamus hominem ab imago et similitudinem nostra...]; assim começa a humanidade que Deus creou, e, não o homem que Deus não creou, através do homem Adão, do hebraico, Adam.

Da creação da humanidade no prelúdio da historicidade humana até o poslúdio do século vinte e um, para tanto imagine-se uma fonte, observe-se a água que jorra dos seus sulcos, veja-se que ela não se desvia, antes de tudo, segue o seu curso até encontrar outro rio, uma lagoa, um lago, ou, um oceano, vê-se que muita água tem passado sob as pontes, mas, nos referimos ao leito caudaloso do Rio da Àgua da vida; sim, ou, não?

Entrementes, atinjamos, repentinamente, o contexto do século vinte e um, para revelar mais uma da imensidão de fotos que, por certo, permeia os [retratos urbanos] do sociedade contemporânea, e, me é necessário retroceder no tempo, e, no espaço do dia [20] de fevereiro do corrente a [22] de setembro de [2005]; [02] anos, [05] meses, e, [01] dia.

Para tanto, pretendo voar em sentido contrário aos ponteiros do relógio, e, cobrir, à velocidade de [29.79] quiulômetros por segundo, os [2.267.756.136] quilômetros circulares, equivalentes às [15.1171] Unidades Astronômicas - UA's, a distância que me separa da tela gravada nos meus [4.000.000.000] de neurônios.

Não eram, ainda, [06h 00m] da manhã, quando, a sola do sapato emprestado ao meu destro, toca o primeiro degrau da porta dianteira do coletivo que, regularmente, circula entre os terminais de embarque e desembarque de Arujá e da estação Armênia, do metrô, linha concedida à exploração da Transdutra, empresa do ramo dos transportes sediada na cidade de Arujá... - meu destino a [Mooca], do tupi-guarani [Mo´ oca]; [Mo] faz e [oca] casa.

Eu, particularmente, prefiro ao invés de apear na Armênia, como se observa, não o país, mas a estação do metrô, tomar o trem no sentido [Jabaquara], saltar na [Praça da Sé], baldear para a linha [Corinthians / Itaquera], e, descer na estação [Belem], ficar nas proximidades da Vila Maria, escalar o viaduto de acesso à [Avenida Salim Farah Maluf], e, caminhando em linha reta, alcançar a [Rua Jaboticabal], semi-perpendicular ao lendário logradouro.

O dia vinte e dois de setembro está quente!

A Sol, às [08h 00m] [di la mattina], como se diria em italiano, já está [mui caliente], como se expressa em paraguaio, em argentino, ou, em qualquer um outro país de língua castellana, e, o orvalho da noite começa a se evaporar, e, sob o efeito da temperatura, desfaz-se as moléculas do orvalho prateado da noite.

Nesse dia, faltam-me poucos metros para vencer a caminhada diária, estou quase alcançando o entroncamento desenhado pelas Avenidas Álvaro Ramos, e, Salim Farah Maluf, e, ainda que nenhum esforço eu faça nesse sentido, os meus olhos de observador atento, e, de escritor sagaz não podem eximir-se de registrar um fato sui generis.

N o local há uma alça de acesso ao retorno à zona sul, ou, se preferir, a tomada de ruas adjacentes, e, corsas (verdes, azuis e vermelhos), Gols (pretos, pratas e vinhos), caminhões, utilitários, coletivos promovem o desfile do dia-a-dia.

Não obstante, as hecatombes, os cataclismos, e, as vicissitudes da vida, insistentes, propiciam o inóspito contraste da existência, pois deitado no canteiro contíguo à pista dupla (ida e volta), entre flores de todos os matizes, e, de todas as famílias, um rapaz aloirado dorme à sono solto, e, indiferente a luz da Sol que já lhe oscula a face, nem mesmo percebe que o dia escreve a sua história.

Diante desse quadro, as pessoas passam apressadas, e, nessas condições, nem mesmo notam o infeliz moribundo, no entanto, ali, compondo o cenário, a moldura, a tela, há um cão, ou, uma cã, sei lá branca e amarela que, solidário (a) lhe faz companhia porque é, também, morador (a) da rua.

Entrementes, a vida segue o seu curso, gira em derredor de si mesma, e, ignora ao semelhante, e, a historicidade, o desapego com as ordenanças:... - [Ama à Deus sobre todas as coisas, e, ama ao próximo com a ti mesmo] faz do homem em toda a extensão de sua ignota existência algo de irrepugnável.

O ignorar ao semelhante, o subdividir das telas da história, os dias, as semanas, os meses, os anos, os séculos, as mazelas do cotidiano, tudo tem contribuído para se configurar em:... - [Retratos urbanos]...

Isso aí!

(1) Usa-se no texto a declinação Creou ao invés de criou. No entanto, ainda que seja, o homem, a única creação em, Ele, Deus, se utiliza de um material, de uma matéria tangível, o barro, o pó do Terra, todas as demais se enquadram na arte de crear do nada, e, não criar a partir de material tangível.

Portanto, creado no sétimo [Yom], vertido, primeiro em latim por [dia], e, em grego por [remera... - uso o grego transliterado e não o grego clássico], mas que, na realidade expressa um período de tempo, cuja extensão em termos do conceito de tempo do século vinte e um é infundável; daí os conflitos inúteis entre os arrogantes cientista com os crédulos teólogos, vez que a bíblia é o cerne de tudo, defende-se que o homem tenha, verdadeiramente, vindo da água. Segundo narrativa do Livro das Gêneses... - [No princípio creou Deus os céus e o Terra. E, o Terra estava semforma, e, vazio, e, o espírito de Deus pairava sobre a face das águas.]. E, se o espírito de Deus pairava sob re a face das águas, existia somente águas, e, cuja extensão, depois, deu origem à porção seca.

Quanto a grafia [o Terra] vale ressaltar que, se falamos de outros corpos de nossa galãxia, e, para tanto nos utilizamos dos artigos definidos, diremos; [o Marte é vermelho], [o Saturno possui anéis], [o Júpiter é o maior dos planetas exteriores], [o Urano é azul porque o amônio absorve o vermelho do hélio.]. Ora, se dizemos o, o, o, o, a convenção impostas pelos literatos:... - [terra-solo, letra minúscula, e, Terra-planeta letra maiúscula; é inconssistente, pois; na frase [Terra preta é ideal para o plantio de mandioca, e, para o cultivo de bananas... - falo do solo, mas como Terra é a primeira vernácula da frase; estou obrigado a me utilizar da letra maiúscula.]

YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 22/02/2008
Reeditado em 22/02/2008
Código do texto: T870682
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