Já dizia o velho ditado, lá dos tempos de Garrincha, Nilton Santos, Gerson e companhia: "HÁ COISAS QUE SÓ ACONTECEM COM O BOTAFOGO." 
      Por muito tempo refutei tal brocardo futebolístico em nome da eficiência dos dirigentes e dos jogadores do Botafogo. Tudo bem, nem tão competente assim, assumo. Mas desde que o Botafogo visitou, merecidamente, a segunda divisão do campeonato brasileiro, que o time, enquanto instituição, mudou seu modo de atuar frente aos campeonatos. Antes da direção do Bebeto de Freitas, o Fogão, quase nem chegava em decisão. Em sua direção, subimos para a Série A, fomos Campeão Carioca de 2006, Vice-campeão em 2007 e agora fomos vice-campeão da Taça Guanabara, e fizemos bons campeonatos brasileiros e voltamos a disputar competições internacionais. 
      É uma bola que não entra. Expulsões sem critérios. Goleiros que falham insistentemente, etc.
      Mas o bem desse texto é a valor do Botafogo. Não quero lamentar os títulos perdidos. Nem as arbitragens lamentáveis desses últimos anos, não. Meu propósito é outro.
     Em 1995, quando ainda não torcia para nenhum time, vi aquele time, com cores em preto e branco, jogando alguma coisa de espetacular, ou pelo menos eu vi assim. Túlio, Wágner, Gonçalves, Sérgio Manoel, Beto, Leandro Ávila, Donizete e cia. Campeões Brasileiros de 1995.
      Como uma paixão arrebatadora, surgiu assim esse amor. 
      Fiquei sabendo que o maior jogador da história vestiu esse manto glorioso, eterno Garrincha. O pernas tortas. O quebra-costela. O deixa joão falando sozinho. Assim outros, não menos importantes: Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, Gerson, o Canhota de Ouro, Eterno Zagalo, Amarildo, Maurício, Manga, Quarentinha, o saudoso Nilton Santos, e tantos outros que vestiram as cores do Glorioso. 
      De 1995 para cá, não ganhamos muitos títulos. Bom, time vive de títulos. Mas isso se torna irrelevante perante a história, e os momentos felizes que tanto esse time deu ao Brasil. Não vamos negar, que fo o time que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em copas do mundo.
       É até engraçado quando na rua você encontra um outro botafoguense, parece que se conhecem de longa data:
      - E como vai sua família? Diz o um.
      - Bem!... e a sua? Diz o outro.
      - Tudo certo, camarada. Bela blusa essa sua. Tenho o modelo antigo. Diz o um.
      - Bem bonito aquele... Mas como é o seu nome mesmo?

      Botafoguenses têm dessas. Coisas de botafoguenses. 
      Um dos meus melhores amigos é botafoguense. Sempre assisto às finais na casa dele. Bom, já perdemos duas. Tem alguma coisa errado, ou comigo ou com o local. Ah! Os botafoguenses são muitos superticiosos. Devo falar para o meu amigo: "Bicho, ou eu não venho aqui assistir às finais, ou a gente vai para outro lugar, ou, então, a teu irmã (que é flamenguista) não assiste com a gente o jogo!"
      Bom. É isso aí botafoguenses. É difícil, mas ainda vai dar certo. Afinal, já passamos por tantos momentos, que não vai ser mais esse que vamos sucumbir.

     VIVA O BOTAFOGO. 

" e ninguém cala esse nosso amor, e é por isso que eu canto assim, é por ti fogo"