O JARDIM DE EULÁLIA

Eulália tinha um vistoso jardim. Rosas, crisântemos, jasmins, margaridas, palmas, folhagens, e tantas outras belezas que encantavam os que passavam pela rua. Traziam um colorido inconfundível, como se o próprio arco-íris fosse originado ali naquele lugar. Também tinha o perfume. Ah! O perfume do jardim de Eulália.

Perto dali morava Antônia, amiga de Eulália, mas que no íntimo nutria certa inveja pela mesma. Mas não era uma inveja pela pessoa de Eulália, mas sim por seu jardim. Como Antônia o admirava. Passava o dia olhando a luz do sol irradiando as cores do jardim, inalava o perfume das flores, e se embriagava com aquele pequeno pedaço de paraíso. Eulália desejava muito ter um jardim como aquele.

Não que ela nunca tivesse tentado. Muitas vezes semeou flores, árvores ornamentais... Porém seu jardim nunca se desenvolvera, pois quando suas plantas precisavam de sua companhia, de seus cuidados, ela estava mais preocupada em admirar o jardim de Eulália. Enquanto Antônia admirava o jardim de sua amiga, lhe faltava tempo para cuidar de seu próprio jardim.