O Banco da Praça
Não é um banco da praça.
É o banco da praça, o nosso banco.
Durante alguns anos, eu e minhas amigas fizemos deste banco nosso ponto de encontro. A nossa presença nele era tão constante que ele tornou-se, um grande amigo, talvez um confidente.
Ele presenciou muitos momentos importantes da nossa vida; momentos que parecia sem sentido, mas que hoje obtém grandes valores.
Foi companheiro das tardes de domingo, das noites na volta do colégio, onde umas estudavam e outras já davam aulas, e até das noites e sem opção de sábado.
Sempre estávamos nós lá, assíduas e infalíveis.
Se ele soubesse falar, talvez nos dessem grandes conselhos, pois foi um sábio na condição de ouvidor.
Acho que se aprendesse a falar de repente, de tão cúmplice, continuaria a guardar nossos segredos.
Fazes parte da nossa história.
Hoje lembramos com saudade dos tempos em nele repousávamos nossas alegrias, tristezas, melancolia e euforia.
Quanta coisa já ouviu!
Quantos sorrisos, quantas gargalhadas e até mesmo lágrimas já viu sair de nosso ser e virar poesia no ar.
Foi um amigo, disso tenho certeza.
Virgínia Santana
Dedicada às amigas Teresa, Eliete, Vanicleide, Isa, Marcinha.