O Banco da Praça

Não é um banco da praça.

É o banco da praça, o nosso banco.

Durante alguns anos, eu e minhas amigas fizemos deste banco nosso ponto de encontro. A nossa presença nele era tão constante que ele tornou-se, um grande amigo, talvez um confidente.

Ele presenciou muitos momentos importantes da nossa vida; momentos que parecia sem sentido, mas que hoje obtém grandes valores.

Foi companheiro das tardes de domingo, das noites na volta do colégio, onde umas estudavam e outras já davam aulas, e até das noites e sem opção de sábado.

Sempre estávamos nós lá, assíduas e infalíveis.

Se ele soubesse falar, talvez nos dessem grandes conselhos, pois foi um sábio na condição de ouvidor.

Acho que se aprendesse a falar de repente, de tão cúmplice, continuaria a guardar nossos segredos.

Fazes parte da nossa história.

Hoje lembramos com saudade dos tempos em nele repousávamos nossas alegrias, tristezas, melancolia e euforia.

Quanta coisa já ouviu!

Quantos sorrisos, quantas gargalhadas e até mesmo lágrimas já viu sair de nosso ser e virar poesia no ar.

Foi um amigo, disso tenho certeza.

Virgínia Santana

Dedicada às amigas Teresa, Eliete, Vanicleide, Isa, Marcinha.

Virginia Santana
Enviado por Virginia Santana em 11/03/2008
Código do texto: T896139
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