Ressentimento

Estava inquieta que nem tigre na jaula.

Um fio de energia ligava seus atómos numa "parada" desconfortável.

Detestava gente,detestava gente cega,que nada vê,que não entende nada e que não sabe ficar em silêncio.

Detestava à si mesmo,com os seus ressentimentos.

Temia o mundo na sua corrida desenfreada para o mal.

Temia pertencer a mesma espécie,a que mata homens,a que não entende mudanças,queria dormir.

Nem sonhar ousava.Uma aspirina,talvez;mas lembrou da dengue e não queria morrer numa tenda policial,numa hidratação vagabunda,

e um buraco no peito feito pela injustiça.

Sentou no computador e metralhou palavras,estava cansada,queria

mesmo era o colo de Deus.

Sonia Aimée Laupman
Enviado por Sonia Aimée Laupman em 04/04/2008
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