Alhos e bugalhos



Quando a mulher resolveu dar o seu grito de independência em defesa do orgasmo ao qual ela também tinha direito pois até então era somente o homem quem o desfrutava, ela assegurou ao mundo que sabia possuir sexo, zonas erógenas e que desejava experimentá-los. Em se tratando dela atingir o orgasmo, era por demais obsceno podendo até ser confundida com uma sem-vergonha ou uma prostituta. O ato sexual tinha apenas fins procriativos e o seu lado prazeroso era por ela desconhecido mas, por instinto ou por auto manipulação, sabia que este se estendia além horizontes e tinha algo mais a lhe oferecer além de por filhos no mundo. 
Estava assim preparada para descobrir novas instâncias deste tão controvertido prazer encoberto por mil capas por pais, mães, clérigos e educadores.
 
Reivindicou também o direito de usar mini-saia, escandalizou com o biquini e mais ainda quando percebeu possuir duas fortes armas para conquistar o macho, resolvendo expô-las em público.  Os seios! 
Realizou o tão famoso e controverso topless, acreditando assim que estava dando mais um passo na sua busca de auto-afirmação. Ficava então demarcada uma nova etapa da sua vida: a revolução sexual feminina. 

 No bojo desta revolução, pegando garupa nas suas reinvindicações, surge o sexo masculino lançando as suas, um pouco mais débeis, a princípio. De repente homossexuais que estavam em cima do muro soltaram a franga a todo vapor, se assumiram como tais e até trouxeram à tona os seus casos e as suas conquistas nesta área. Alguns imbuídos de uma férrea vontade de retratarem fielmente  a figura feminina,passaram a tomar hormônios, realizaram implantes de silicones, modelaram corpo e foram bem mais adiante, fizeram cirurgia para mudarem efetivamente de sexo. Juntaram-se assim, firmados naquele conceito de que um feixe de varas quando bem amarrados tornam-se bem mais resistentes do que milhões delas esparsas, a fim de garantirem os seus direitos.

Surgem os grupos de gays, lésbicas e afins,com  a reivindicação do casamento entre eles, o direito a adoção de crianças e por aí lá vai...Até aí tudo bem pois é assim mesmo que caminha a humanidade.O que no entanto não consigo compreender é como um homem que já possuiu companheiras extremamente femininas, pode chamar e levar no seu carro, junto a si, até um motel um grupo de travestís pensando serem mulheres. Será que na abordagem ou no percurso não deu pra perceber um tiquinho só que não se tratavam de mulheres não travestidas?

É o mesmo que trocar alhos por bugalhos, numa grotesca comparação. 

Me poupe quem tentar com mil e um argumentos me convencer do contrário mas, se não vale a experiência do macho em busca da fêmea que lhe aguça os sentidos, pensemos então que uma coisa é certa, os feromônios que provocam a excitação entre sujeitos da mesma espécie, possuem características distintas entre macho e fêmea. Ou será que estes já estão sendo travestidos?! Ainda que não tenham sido comprovados cientificamente nos humanos, a mulher não travestida,a fêmea por  nascimento, exibe sempre uma feminilidade natural,espontânea, inquestionável e inimitável em qualquer parte do universo. Haja vista a música de José Ramalho nos proporcionando esta certeza quando canta: ..."Moça bonita, teu corpo cheira...cheira a flor de laranjeira...ou não sei o que é que é?! ....... se é só cheiro feminino...cheiro de mulher!!
     
Assim, não há como confundir alhos com bugalhos!

Como sou fêmea, por nascimento, e sempre reconheci um macho perto ou longe de mim, talvez eu esteja errada nas minhas reflexões.
Com a palavra, homens e mulheres.
     
    




Bjsssssoninha
Imagem:http://www.rainhasdolar.com/index.php?itemid=193