"Coitado" do fenômeno

Um príncipe plebeu, um astro, um fenômeno, ou simplesmente um homem num motel. Numa fase minguante da lua a estrela cai na armadilha ou se reluz o que era fosco? É... Não sei e não sou ninguém para afirmar, mas percebo que nessas horas não é bom ser fenômeno, se ao menos pudesse esconder a identidade com a sombra frente às câmeras. A estrela é pública e qualquer passo fora da constelação torna-se bombástico.

Me inquieto em querer saber o motivo pelo qual um astro rodeado de ninfas belíssimas “dando sopa” busca o prazer mercadológico. Talvez por não querer perder tempo e dinheiro em impressionar, sair pra jantar, comprar jóias, enviar flores até chegar ao finalmente (porque querendo ou não, a maioria das mulheres, ainda faz charme nem que seja pra receber a ligação do dia seguinte). Tudo isso pode ser chato, um processo demorado para quem não tem paciência e gosta de praticidade.

No entanto, a opção “delivery” mais viável ao astro tornou-se uma tremenda confusão. Ao receber o produto no quarto do motel, percebeu que a aparência era boa, porém com um segundo olhar, a estrela verificou que a mercadoria solicitada continha adereços a mais, e não atenderia a sua necessidade de consumo. Assim, solicitou a devolução, para tanto teria que pagar uma multa de cinqüenta mil reais. Sentindo-se lesado, o astro foi dá queixa no PROCON. Tornando-se público o seu caso conflituoso e cômico.

A justiça garantiu os direitos do fenômeno, o acalmando. A mídia adorou a notícia inusitada, mas não deixou de encher sua bola que atualmente anda murcha. “Coitado” do fenômeno! Ainda bem que estrela é estrela, não importa a fase da lua. Endeusado, sem defeitos... Não comete erros, tudo não passou de um mal entendido.