A complexidade da vida

Se você tivesse que escolher entre o momento presente e um futuro inesperado, entre a satisfação e a riqueza, o amor e a amizade, a perfeição e a obstinação, que escolhas faria?

Nossa vida é cercada de incertezas e há uma predisposição a tomarmos atitudes impensadas, incertas, reflexivas demais, elaboradas ao extremo. Entretanto, somente entenderemos ter sido uma atitude assim tempos mais tarde, porque um dia analisaremos cada fragmento da nossa vida, uma espécie de balanço. Alguns fazem isso a cada semana, mês... Outros sequer perdem tempo para pensar nisso. E há ainda os que não pensam, não agem, não vivem...

Se você soubesse que iria magoar uma pessoa querida em busca de um objetivo pessoal, iria em frente, procuraria outra via? Não venha me dizer que está achando isso tudo muito complexo. Pare por um instante e pense em determinadas situações, aposto que apareceram inúmeras opções de caminhos a seguir, e você perdeu dias pensando no que fazer, no que dizer, porque na verdade a vida é complexa. Não que isso seja uma coisa ruim, talvez a complexidade de tudo possa ser encarada de uma forma mais branda, ou o mais aprazível possível, então de alguma forma tudo vai se configurando de uma forma racional, sensata, as coisas tendem a ficar pequenas quando nós as enfrentamos, quando pensamos.

Será que é justo colocar em apenas uma escolha uma situação futura que nos leve à felicidade, será que a felicidade não está inserida em cada detalhe de nossas vidas, dos mais simples aos mais complexos? Será que existe a felicidade, a fraternidade, a paz, o amor? Se não existem, somos nós quem devemos torná-los reais, simples assim.