É DIA DAS MÃES NOVAMENTE

Todos os anos vemos as mesmas propagandas, com o intuito de vender, vender e vender. Do liquidificador novo a máquina de lavar roupas, do ferro elétrico ao forno de microondas a geladeira de última geração.

Pensei: se irei ganhar mais um presente de grego,pois ganhar eletrodomésticos não passar disso, prefiro ganhar um notebook, de preferência, cor azul ou vinho. Claro, é com boa intensão; afinal de contas, é para melhorar o dia-a-dia da mulher em casa, de tornar a cozinha mais atraente e lavanderia também. Ah, mais que tal aquele aparelho de limpar qualquer coisa a vapor, que custa uma fortuna, vendida pela redeshop, ou aquela vassoura que limpa a sujeira mais difícil! E a centrifuga faz sucos de qualquer fruta, legumes, verduras, sem que você tenha o incoveniente de descascar, de fazer uma sujeirada tremenda, e ainda ter que coar. Pois é, estes presentes de grego eu queria ganhar.

No entanto, o que eu queria ter mesmo, era alguém que fizesse todo o pesado, que eu pudesse pagar um salário digno, para que essa doméstica quando chegasse em casa, pudesse pagar a outra para fazer o dela. Teriamos emprego garantido para uma classe de trabalhadoras. Chegar em casa e encontrar a mesa posta, a roupa lavada, passada e guardada.

Curiosamente, recebi uma e-mail de um amigo que é pastor e faz parte do mesmo grupo na internet de teologia, mandando-me uma reportagem sobre os benefícios da limpeza com o vinagre, pau pra toda obra; da limpeza pesada, como esfregar o limo dos azulejos, com desinfetar locais onde os animais domésticos fazem suas necessidades, etc. O curioso mesmo, foi o comentário entre risos: "lembrei de você". Gozação aparte, mas as dicas foram muito boas.

Ganhei uma bijouteria bonita, e uma caixa de madeira artesanal para guardar trecos. Bem bolado, diria eu. Ainda cantarão aquela música, de novo, do Agnaldo Timoteo/, lemnbram? Falei dela no artigo do ano passado e, de quebra, ainda cantaram uma música nova, que inventaram, com muita gozação. Mas, acreditem, foi bom, pois havia bom humor, camaradagem, união!

Pela manhã fui a igreja com a familia e depois almoçamos todos juntos. O culto foi bonito, teve a tradicional entrega de lembrancinhas as mães, mas uma mudança tênue. Dessa vez, pediram a uma família que desse testemunho de sua vida. O marido fez as honras, e falou sobre a influencia que sofreu de sua mãe biológica, de sua mãe de criação, da sua avó, que ele chamou de mãe disciplinadora. Foi tocante, pois naquele momento, não percebi falso engrandecimento, nem coisa alguma desse gênero.

Logo em seguida, uma jovem senhora, com filhos adolescentes, ministra de educação cristã; é assim que chamamos os diretores de departamentos na igreja evangélica batista. Foi muito tocante ouvi-la contando suas dificuldades emocionais, financeiras, pela perda do marido, e tendo que assumir a casa, a educação dos filhos.

Sabe do que me faz lembrar? O último capitulo do livro de Provérbios, capitulo 31. Mulher virtuosa quem a achará? É assim que começa o capítulo. Tenho visto e ouvido muitos testemunhos de mulheres virtuosas, que trabalham duro para contribuir, ou mesmo, sustentar a familia, com uma dupla jornada de trabalho. E, ainda ter que chegar em casa, com um sorriso nos lábios, demonstrando bom humor, e ter disposição para enfrentar os problemas corriqueiros de todos os lares.

A todas as mulheres virtuosas em todas as casas neste país,

desejo um bom domingo em família. Que os bons domingos se repitam sempre, lembrando daquele verso bíblico que diz: "quero trazer a memória o que me pode dar esperanças". E pra essa afirmação eu digo amém.