Feijão com Barro

Mil perdões.

Sim ...mil perdões.

Foram tantas crueldades no meu tempo de infância,de quando em vez me pegava andando entre as gambetas na espreita de alguns acontecimentos, entre fornalhas fervilhantes a mais de dois mil graus centígrados,escorregava em alguns objetos e talvez barulhos acontecia mesmo me cuidando, mas quando tudo parecia tranqüilo novamente a jornada se repetia e nesse inteirim muita coisa estavam prestes a acontecerem...

Entre gambetas de tijolos verdolengos em meios a papelões e alguns pedaços de panos e cobertores velhos se arranjava uma senhora por nome de dona Elza e de longe você podia olhar e se deparar com um caldeirão entre aberto fervilhando a aproximadamente uns cem graus centígrado, e entre as fornalhas que ardiam em brasas a quase dois mil graus para fazer as queimas dos tijolos, tateando para fazer nenhum ruído era pego na displicência de que mal nenhum estava fazendo, e enchia o feijãozinho da senhora com pedrinhas de barro.Então nós corríamos sem fazer nenhum barulho, de muitas outras coisas que fazíamos esta era com certeza a pior das maluquices da minha meninices

Hoje frente a um fogão á gás e panelas de pressões e feijão no prato ,um lugar para morar boas cobertas e uma família, imagino quão ruim era àquela mulher sem família sem sustento margeada de tijolos frio pelas suas umidades ao relento e ainda sendo maltratada por crianças inconscientes no seu duro dia-a-dia.

Por isso e tudo mais até o que não fiz,perdão,perdão,perdão...

Sebastião Bronze
Enviado por Sebastião Bronze em 17/05/2008
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