Porque me “ufano” de meu país

Porque me “ufano” de meu país

Quando a gente sai do atoleiro, olha pra trás e vê a vaca no brejo, quando a gente consegue ter conta no banco, e ficar devendo dinheiro pro banco, e, quem sabe, consegue comprar uma casa, um carro de terceira mão, e, principalmente, comida, quando as gente tem uma escola que seja, mesmo ruim, para as crianças e postos de saúde que podem levar meses para atender mas atendem, quando o pronto-socorro funciona, os bombeiros acodem as pessoas acidentadas, a polícia prende bandidos, ou mete chumbo quente na cabeça de marginais, com pontaria certeira e sem acertar inocentes, quando se reduz o ritmo da destruição da floresta amazônica, a ponto de nos perguntarmos, “puxa, será que vai sobrar alguma coisa”, quando a gente vê nosso país ser referencia em democracia, servindo de modelo para o mundo, rejeitando golpistas com todas as letras, quando o mundo parece perdido, e se volta para o Brasil com olhos de esperança, nos perguntamos, fomos nós que mudamos ou foi o mundo?

E pensamos com alívio: “ufa, parece que já somos um país sério”.