A vida faz os discursos

Em ocasião do dia da Independência do nosso amado país, fui convidada pela diretora de minha escola para fazer um discurso.

Tenho apenas dezessete anos, eu respondi pra ela, o que eu posso entender de discursos, se vivi tão pouco?

Ela me respondeu que eu poderia falar do que quisesse, desde que não falasse mal da política para não causar problemas para a escola.

Pensei em falar do Brasil então, mas não da nossa independência, pois para mim ela nuca existiu. Falar do que então, eu só sei falar de amor, faço versos e não discursos, pensei de novo insistindo em me dizer incapaz de novos obstáculos.

Decidi por fim falar das coisas boas do nosso país, não fosse um ano frustante no futebol eu poderia até falar de nossa persistência, da tal história de que ser brasileiro é não desistir nunca, mas achei melhor não tocar nessa ferida ainda aberta...

Quis falar do amor que nós temos por nossa pátria, o amor que faz um brasileiro que mora em um país de primeiro mundo querer voltar para nos visitar nessa pobreza e nesse subdesnvolvimento constante.

Falar do amor e da necessidade que leva um nordestino a abandonar sua terrinha no interio do fm do mundo e tentar a vida, da esperança que passa cada eleição vendo nossos governates no poder roubando cada dia mais, e que mesmo assim sobrevive.

Falar do sentimento que move o brasileiro a buscar a sua independência, seu auto-sustento, sua felicidade em meio a tantas guerras civis nas favelas.

O brasileiro sofre e sofre muito, ma nós somos felizes!! Acredito eu, que naquele sete de setembro, quando D. Pedro I declarou nossa independência era essa felicidade que ele buscava. talvez seja a hra de cada um de nós declarar independência de tudo que nós faz menos felizes e menos patrióticos!!!

Independência e morte à tudo que nos faz menos belos e bons!!!!!

Taynná Monteiro Gripp
Enviado por Taynná Monteiro Gripp em 21/08/2006
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