À minha Amada

Ouça amada minha o que sem muito jeito agora te confesso, nesta noite de lua escondida pela névoa, nesta noite de maio, dos últimos dias, próximo de acabar. Ouça amada, mas com os olhos fechados para que cada palavra vá pelo teu coração e penetre na tua mente. Para que não vejas minhas mãos que tremem e meu falar que cagueja. Não vejas minhas roupas simples, meus pés na sandália e minhas mãos calejadas; as palavras bonitas que até decorei mas que agora fugiram quando meus olhos se viram perdidos no teu sorriso. Tu és tão especial e ao mesmo tempo tão igual que quase me esqueço que o que vim te falar é mais que um pedido, é um rogo, uma oração: desce desse batente, cruza a porteira do teu pai e vem ser a lua do meu céu, vem me dizer sim e fazer comigo festa dentro do meu coração!

CrisLima
Enviado por CrisLima em 29/05/2010
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