O CAIPIRA TROLADO - 1 longo parágrafo

Amigus, fui cunvidado pra subi nessa cadera berano esse barcão, pra dipois de bebê cachaça até minha cachola ficá zuano, falá um poco de pulítica guvernamentar proceis.

Chego o momento. Tô tinino de bão pra isso! Vô cumeça os assuntos falano du guverno. Ele, meus amigus, nasce na cabeça da gente, isto é, das pessoa iquilibrada, como eu e vosmeceis, que nessi momentu di discanso tamo bebenu essas pingas aqui. Muito bem, a partir do nosso raçocino aguçado, nóis pomo a fazê conjetura pra governá em redó. Uns guverna a inchada, otros guverna uma bicicreta, otros guverna atomove, e tem uns home que guverna até muié. Esses tar tem que tê força nus braços, pois volanti di muié é duro di rodá! Um bão guvernadô sabe também manobrá a caneta isferografa pra compô puisia. Afinar, todo home guverna, mais muitos istão disgovernado. O guverno é a maió virtudi qui temu; quem guverna bem, tem bão nome. Quero, nesse discurso discontraído, dizê proceis que devemu faze di tudo pra nóis faze uma boa governança, assim as coisa governada numa cria probrema...

...e pra incerrá esse grande discurso sobre us guvernus, eu digo que o maió e mais sofredô deles é mesmo o presidente de repúbrica. Coitadu! Si dirigi as coisa comum da gente é dificir, imagine: dirigí ele memo i um mundo véio de gente?! Nesse pontu só tenho qui tê dó dus guverno atuar, pois cada um tem uma brasa quente na mão...

(lembranças de meu genitor, quando ficava meio trolado por beber cachaça nos bares de minha terra - Luzirmil)