Para a minha mãe.

Verdade é que me entreti ao longo dos anos, com esta capacidade declaratória, ilusória e afirmativa de persuadir, ao escrever sempre para aquelas mulheres cujos olhares, corpos e deduções suscitaram às minhas indagações, vistas e visões.

Você é minha mulher, mãe.

Quero através deste texto desenhar, pelos contornos das letras e palavras, o contexto básico no qual me vi inserido: Você!

Por todos estes anos me deste atenção, carinho, palavras, conselhos (estes ensejando tanto o meu sucesso, a minha felicidade em forma de auxílio). Nunca desejei tanto expressar meu carinho, como agora. É a tua falta, tua ausência que me descreve a tua presença. Tua anuência. Ora!

Dentre todas mulheres que conheci, garotas (diga-se lá);

admito buscar nelas as qualidades maternas que a você, minha mãe, algum ser superior conferiu. Sou eternamente carente de você, sempre serei.

Feliz são aqueles que pelo menos algum espaço ou momento em suas vidas puderam compartilhar com suas mães. Segundos ou frações de alegria com uma pessoa tão especial, que é a progenitora. Estás viva ainda ao meu lado, sinto o pulsar do seu coração a cada difusão do meu, a cada inscrição daquilo que em amor era teu, e hoje é nosso. Objeto compartilhado, diria.

Tornei-me fraco, mais frágil com os acontecimentos;

vivi, mas até que me sinto mais forte, porque estás ao meu lado.

Agora tudo passou, sou de novo teu bom filho sem esquecimento;

vivo, canto e até música toco, por em vc estar acoplado.

Se respiro, a ti dou graças por esta imensidão.

Pretendo relatar, suscitar a verdade da verossimilhança!

Padronizado ou não, diferente ou num ímpeto de criação;

Abraço, te beijo e louvo, pela minha vida a sua substância!

Eu te amo, nunca se esqueça...

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 02/10/2010
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