EU (EM NOITES ENSOLARADAS)

Todo mundo tem seus fantasmas, suas assombrações, seus monstros embaixo da cama e os bichos escondidos em seus armários, a única diferença entre eles, é a forma com a qual que você se relaciona.

Eu escolhi enfrentar meus medos, contar meus segredos, abrir os meus livros, janelas e portas, escancarar o que sinto e não sentir medo do julgamento humano, até porque não vejo motivo algum para considerar o que a humanidade opina.

Escrever foi uma das formas encontrei, mesmo sabendo que não levo jeito para a coisa, não sou bom de verso, rima e/ou prosa, mas consigo colocar o que sinto naquele momento em linhas tortas. Escrevo sobre amor e dor, perdas e ganhos, solidão, mas principalmente escrevo como forma de aplacar a desilusão. Desilusão deve ser (e tenho quase certeza disso) meu maior tema recorrente. Desilusão e amor, pois mesmo meus temas sociais são repletos de amor por alguma causa e desilusão por outras, enfim, rótulos nunca foram o meu forte e nunca me vi condicionado a receber algum. Talvez o rótulo de SER HUMANO, mas confesso que a humanidade me causa constrangimento em afirmar que faço parte dela.

Não ligo e nem tento fazer com que minhas poesias possam ter uma temática rica ou pobre, a única coisa que realmente importa é que ela saia verdadeira, que seja um retrato fiel de minha alma naquele momento. Não sou feliz, triste, romântico, abusado, ou qualquer coisa o tempo inteiro (fora chato e rabugento) e essas poesias retratam esses momentos.

Elas seguem uma linha escrita e esses 81 poemas “de profundis” são a prova mais fiel do que eu passei a vida. Expulsei alguns fantasmas, dei boas vindas para outros e no final, continuo me reerguendo e evoluindo a cada minuto da minha vida.

Não tenho deuses, heróis ou ídolos. Tenho a mim mesmo e a minha consciência, ela sim me guia, me diz o que é certo ou errado e me faz agir sem pensar em penitências ou recompensas “post mortem”. Isso sou eu, aberto ao julgamento humano e livre de todo e qualquer pecado que possa existir.

Visite o RECANTO DAS LETRAS e veja um pouco do meu veneno e do meu remédio, do meu vinagre e do meu fel.

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