Como nem tudo é perfeito..

Aliás, existe perfeição? Tudo é relativo!

As imperfeições se completam e é assim que nasce a perfeição, creio.

Pede-se calma e compreensão, pois as coisas ditas pelo coração, muitas

vezes não se fazem claras o suficiente para entender a princípio.

Como se soubesse o que me esperava, pela manhã estampei um sorriso no rosto e, dele, não me desfiz por sequer um segundo!

Uma espécie de pressentimento ou sei lá o que. Enfim, vesti-me com a melhor roupa que meu armário escondia e, por fim, peguei o caminho da roça e fui para a festa tão esperada.

O lugar estava tão "perfeito" ! Havia uma magia solta pelo ar. Alto fluxo de pessoas e ninguém que me chamasse a atenção, se é que você me entende.

Fui conhecer o lugar, meus queridos, e, inesperadamente, o reencontrei! Ah, como o tempo é divino e digno de ser respeitado. Como a vida é engraçada. Depois de anos... anos.. acho que uns 10 anos mais ou menos.

Eu era criança, ele me pegou no colo! Ai que vergonha, ai que sentimento bom, diferente, inusitado, verdadeiro.

Em uma observação panorâmica encontrei uma velha amiga vindo em minha direção. Papo vai e vem e, com ela fui me sentar.

Confesso que esse reencontro foi incrível e que me felicitou por demais, mas o que estaria por vir.. Ah, o que estaria por vir!

Não sei o que aconteceu, mas de tempos em tempos me flagrava o procurando pelo clube. Onde ele está?! Para onde ele foi!?

Vejo-o, então, a mais ou menos uns 10 metros distante de mim , separados, portanto por duas mesas e uma piscina maravilhosa!

"Você está tão longe, mas tão perto de mim..."

Em dado momento fiquei sozinha e, então, dirigi-me à sua mesa. Deixaram-nos a sós, não sei se por acaso ou por intencionalidade. Começamos a conversar.

Conversa esta que nos proporcionou uma descoberta dos seres envolventes. Descobrindo como está a vida, o que fizemos até então e, com quantos anos estávamos.

Claro que brincadeiras se fizeram presentes e risos e olhares foram trocados.

A tarde começou a cair, o vento começou a soprar com força e o cavalheiro fez questão de me emprestar sua blusa como em um ato irrecusável e inquestionável, afirmando "É o mínimo que eu posso fazer".

Neste momento, meus caros, meu coração deu seu primeiro sinal de vida. Pulou de uma tal maneira que, pela boca, pensei que fosse sair.

Aproximamos-nos do palco onde o show estava por acontecer e, dançamos até dizer "CHEGA!" (risos)

Ele me abraçava e sorria. Repentinamente ele me abraçava tão forte como se estivesse com medo de alguma coisa, ou sei lá o que leitor. Ao final deste abraço ele me beija o rosto, sorri e voltamos a dançar.

Pude perceber, meus caros, que o olhar dele acompanhava os meus movimentos. Usei, então, meu olhar sedutor (gargalhadas)!

Assim, quando mergulhava e promovia o encontro profundo de nossos olhos, "ele" fechava os seus olhos, respirava fundo e novamente me abraçava.

(Lágrimas estão por escorrer em meu rosto, meus amigos)

Estando, pois, completamente envolvida nos braços quentes desse grandioso HOMEM, ouço seu balbuciar: "Não pode! Não pode! ".

Todas as vezes que lhe perguntei o porque, respondeu-me incessante e constantemente "SIMPLESMENTE NÃO PODE. A GENTE, EU E VOCÊ. NÃO. PODE. NÃO PODE! " .

Perguntei-lhe novamente o porque e, você não me respondeu.Depois de tamanha insistência, finalizamos o nosso reencontro com sua devastadora resposta, que dizia : " Somos meio parentes".

Respondi-lhe que não por consanguinidade.

Caminhou bar e eu fui me sentar, leitor. Fiquei realmente triste.

Quando voltou ele me procurou e se sentou ao meu lado.

Depois de anos, nos reencontramos, ficamos juntos por 12 horas e, o seu abraço se eternizou em mim.

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 08/07/2013
Código do texto: T4377680
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