SOMOS MESMO DIFERENTES?

Todo fim de ano é igual, tudo parece repetir como se fosse uma porta que vai e vem sem mudar sua trajetória. São as mesmas palavras, sempre as mesmas palavras de esperança e desejo de grandes conquistas, e isso é muito bom. Muita festa, muitos enfeites, muita gente falando que nesse tempo, todo mundo é igual. Ué, mas e nos outros tempos?

Não seria melhor se pensássemos desse modo durante os outros onze meses do ano também? Dizem que esse é o tempo de refletirmos, pensarmos em tudo que fizemos durante o ano, para quem sabe não repetir os mesmos erros no ano novo. Mas a realidade bate forte bem na nossa cara! O grito de socorro de muitos, continua sendo ouvido por poucos!

O pior é que ainda dividimos o mesmo espaço com sentimentos preconceituosos, com olhares de desconfiança, com desprezo. Muitas vezes desejamos aos desconhecidos coisas bem melhores do que as que desejamos aos nossos entes queridos, aos nossos filhos, nossos pais, nossos cônjuges. O preconceito também, ainda é o maior entrave da alegria social, muitos não conseguem medir o valor de alguém, sem antes passar os olhos pelas origens, tanto racial quanto cultural.

A cor da pele, as tradições, os costumes, os hábitos são influencias falsas para conduzir nossos interesses, na hora de ouvir e até mesmo contratar o serviço de alguém. Seria o sangue que corre na veia, inferior ou superior à cor da pele? Existe diferença na cor do sangue, ou todos são iguais? Muitos são os que desistem de carreiras importantes por causa da imensa falta de sensibilidade de poucos. Pelo simples fato de demonstrar ocultamente que: “Aqui, não podemos aceitar alguém com um cabelo igual ao seu”.

Mas sendo branco, preto, pardo, vermelho, ou albino o sangue continua a correr pelas veias, com a mesma cor de sempre! Inclusive no ano novo!

Jota Nascimento
Enviado por Jota Nascimento em 22/05/2014
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