MAIS HOMEM, MENOS DEUS.

É absolutamente comum, olhar pelas janelas e ver a glória de homens sendo ostentadas nas mais diversas formas e modelos. Com toda certeza é fundamental expressarmos os milagres de Deus que acontecem a todo o momento na nossa vida, mas isso não quer dizer apenas conquistas financeiras. As redes sociais são indiscutivelmente um meio de satisfazer nosso anseio de compartilhar de tudo um pouco do nosso dia a dia. Mas não estamos exagerando um pouquinho, quando o assunto é glória de homens e não de Deus?

As nossas afirmações e forma de avaliar as atitudes dos outros também são glórias nossas que não percebemos, mas expomos. Uma das nossas maiores virtudes é atirar conselhos indiretos, falar o que tem que ser feito e qual a forma correta de fazer algo, o tal do “tem gente que”... Parecemos os donos da verdade quando começamos uma enxurrada de avaliações alheias, ninguém faz tão bem como nós e que se alguma coisa deve ser melhorada, eles que façam isso, porque nós estamos fazendo a nossa parte da melhor forma possível. Mudem, mudem, mudem, mudem, mudem...

A estrutura descrita nas escrituras sagradas para que toda honra e toda glória seja dada a apenas Um, parece improvável, inaproveitável. “ O nada para mim, tudo para você”, não tem nada a ver com uma divisão de bens entre quem tem e quem precisa. É exatamente uma afirmação de que “você está errado, eu não”.

Nossos olhos costumam achar defeitos imperceptíveis, mas nunca em nós, somente nos outros. O cristão é quem mais se delicia deste poder. Conquistou por conta própria o direito de avaliar, apontar e principalmente nunca dar nome ao desafeto, que geralmente está numa posição de destaque, daí é visto como aquele que deveria fazer e não o faz. Pobre raça a nossa.

Jota Nascimento
Enviado por Jota Nascimento em 02/06/2014
Reeditado em 02/06/2014
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