Shakespeare e suas razões

Qual o caminho certo a seguir? Principalmente quando se sabe que a escolha feita não se desvincula da responsabilidade e suas consequências, que o amor por algo nos obriga a consciência do dever de cuidado e respeito e de que crime algum pode ficar impune, principalmente quando as mãos estão sujas com sangue e lágrimas alheias, apesar de pensar que as coisas poderão mudar, algumas informações que beiram ao grotesco merecem, no mínimo, uma boa explicação, caso contrário, apenas uma rigorosa apuração para dissipar o cheiro de podre que infesta o ar, não podem ser dessas explicações que já estamos acostumados a ouvir, que mais se assemelham à forma de escapatória.

O certo é que preciso agir, transformar o mundo a partir de uma ação, que passe da esfera da revolta individual, pois esta, na maioria das vezes, apenas se identifica, com o sentimento de vingança pessoal, não alterando o curso da historia. Cabe, assim, a minha pessoa com uma consciência justa exigir a apuração da conduta errada e não arredar o pé até que tudo se esclareça, com o criminoso devidamente punido, em caso de comprovação do crime.

Mas para a maioria o que importa o crise, o legal é curtir o banal e o fútil e compartilhar o duvidoso, bom mesmo, é apreciar o que a vida tem de mais bizarro e mal cheiroso, aliás, há algo de podre no reino, mas nós já nos acostumamos ao cheiro. E como diz Shakespeare" quando as coisas não nos correm bem, vezes por culpa de nossos próprios excessos, culpamos o sol, a lua e as estrelas, como se fossemos celebrados por necessidade, tolos por compulsão celeste, velhacos, ladrões e traidores pelo predomínio das esferas".

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 27/11/2015
Reeditado em 28/08/2016
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