Segunda garrafa
Em 2008, ainda mais unidos, possamos, com graça, encontrar novas idéias e seguirmos com a certeza de que é sempre possível fazer mais e melhor.
Lanço aqui minha segunda garrafa. Que seu conteúdo, no doce e claro despontar de um amanhã, pule nos braços desconhecidos afeitos a mudar o mundo; inspiro-me em Rilke "procure o fundo das coisas: ali a ironia nunca chega".
Agora e sempre, busquemos memoráveis metáforas. Aceito sugestões, indicações dos que garimpam o indizível, que como Rimbaud "fixava vertigens".
Divague bem devagar. Se fosse possível caminhar nos corredores de minha alma conheceria parte da gratidão e alegria que me toma.
Aproveitemos toda luz e estejamos preparados para tudo aquilo que vem com a noite. Façamos a nós próprios as perguntas essenciais enquanto há tempo; mergulhemos no infinitamente pequeno e que seja possível conhecermos um pouco mais o entremeio da vida, guardando somente a palavra e o necessário.
Consigamos todos e todas ler sinais para a tessitura existencial. Confiantes, cada qual com sua crença, capital íntimo e caseiro, sabendo que as janelas do espírito se abrem por dentro.
Espero que teimem em terminar, que elevem, juntem, colem, ergam, colijam, recuperem, brilhem – que sejam bons condutores de sentimentos.
Mais um passo, mais uma traço, mais um laço; cantem firme – encantem e confirmem.
Enfim, vamos manter os compromissos irrenunciáveis e que a história nos julgue mais pelo que sonhamos e não pelo que pensamos.
Da minha parte repetirei a súplica –"que minhas lágrimas e meus suores guardem relação".
Abraço fraterno.
Prof. e Ten. Ronilson.