DEMOCRACIA E PROSTITUIÇÃO POLÍTICA

A democracia é essa dama de hábitos fáceis; forte como um hímen.

Dimas.

Por vezes penso que só no Brasil e somente o brasileiro é capaz de corromper conceitos e permanecer na mesmice.

Salta aos olhos como a cidade de Timon forja suas lideranças e; os meios pelos quais tentam legitimar as representações no parlamento municipal.

Num breve retrospecto: uso da máquina administrativa, dinheiro público para financiar campanhas, uso não declarado de recursos, etc. Não por acaso é fácil vislumbrar inúmeros pontos de tangência entre a democracia brasileira e as práticas laborativas das profissionais do sexo, se não vejamos: a) ambas elegem como ponto de partida e de chegada só e somente só o vil metal; b) mal dão conta de um cliente, já estão a postos para o próximo.

O lado cômico fica por conta de alguns pretensos candidatos que dentre outros não reúnem a menor condição intelectual e administrativa – e por vezes nem moral -, para ocuparem tais cargos públicos. Palhaços dos palanques eleitoreiros, filhotes de partidos cartoriais, esses tipos são em ultima instância a corporificação da Geni – com o devido respeito à Geni do Chico.

Trágico é ver toda a quase totalidade da população timonense envolvida nessa teia de conspirações, cuja cortina de fumaça serve tão somente para camuflar uma realidade social perversa; realidade essa que, uma vez preservada, constitui garantia de futuros pleitos nas próximas campanhas.

Esses homens e mulheres encastelados no poder público municipal timonense se auto denominam donos dos corações, das consciências e dos votos dos eleitores de Timon. Esquecem, no entanto, que do outro lado do jogo político encontra-se a população de Timon que: a) conhece a sua história; b) é consciente da sua condição de explorada; d) é conhecedora das forças oligárquicas que estão por trás dos candidatos apoiados pelo poder público municipal de Timon. Cercados por um bando de asseclas de prontidão, esses pseudos representantes de Timon se vêem motivados e encorajados para prosseguirem em suas aventuras políticas.

Triste é ver, constatar um produto de lutas históricas, de vidas ceifadas – a nossa democracia -, seja utilizada como vedete, alegria, faz-de-conta, mero trampolim, o caminho mais curto entre o anonimato e os holofotes do poder; triste é ser testemunha ocular desse presente episodio da estória de Timon comandada por atores sociais desprovidos de responsabilidade, de compromisso com as camadas populares.

É chegada a hora de lutarmos por uma reforma eleitoral ampla; pela instituição de voto distrital, pela mudança do calendário eleitoral.

Acorda Timon, Reage Eleitor, Eleja seu voto e protesto.

DIMAS: Professor, Pedagogo, Especialista e Mestrando em Educação

Dimas Cassimiro
Enviado por Dimas Cassimiro em 11/05/2008
Reeditado em 28/09/2008
Código do texto: T985257
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