“Poeta pede alforria”

Era final de tarde a brisa do entardecer

Balançava docemente as laranjeiras em flor

Era hora de esperar a linda noite aparecer

Trazendo o luar cintilante e a estrela do amor

O sol caindo no poente avisava aos pássaros

E aos animais silvestres que era hora de se recolher

O dia se despedia, o sol se recolhia e a lua aparecia

E o manto da noite caia trazendo os dons da poesia

No antigo relógio de parede eu ouvia as badaladas

O som retumbante e imponente espalhava pela casa

Penetrando por cada ambiente o dever solene avisar

Que as atividades do dia estavam prestes a terminar

E assim eu retratei um fim de tarde nesta poesia

Homenageando a noite e despedindo-me do dia

Recebendo mil fluidos, permaneço em sintonia

Rabiscando em um papel, poeta pede alforria...

(Graciela da Cunha e Jane Rossi)

27/06/08