OS MEANDROS DO AMOR

O chiclete eu colei embaixo da mesa

Perdi o apetite que antes tinha

A lipo te deixou magra e bem tesa

Cadê aquela anca bem gordinha?

Nem sei mais te agarrar pela cintura

Pareces um banquete de cachorro

É osso pra todo lado, que até me fura...

De saudade daquele corpo eu até choro.

Moderna! Pedes então que me conforme,

Antes eras tão bela... Estás disforme...

És tu que mandas e vai ser sempre assim.

E se não opino querida, então aceito...

Reclamo, sou chato, tenho defeitos...

Doutor comeu a carne.O osso é para mim.

JRPALÁCIO

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A moça que antes tinha curvas fartas,

Por culpa dos modismos, fashions flashs

Mudando num segundo as velhas cartas

Quadris agora magros, tu remexes.

Das ancas poderosas, osso puro.

O amor que era suave e tão macio

Tornando-se cruel e num apuro

Machuca, mal começa o nosso cio.

O corpo desta deusa se afinou,

Da sílfide sonhada, o que restou

Nem de longe demonstra o antigo dom.

Perdoe minha amada, minha gueixa

Eu vou fazer de ti, querida, queixa,

Recorrendo sem dó. Vou ao Procon...

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JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 21/08/2008
Reeditado em 21/09/2008
Código do texto: T1139753