MEUS INVERNOS
Por que essa esperança já se foi?
Por que partiu assim sem dizer nada?
Deixou-me, pés descalços na estrada
Pisando espinhos o coração sangra e dói...
E quando a fantasia se destrói,
O barco procurando uma guinada
As mãos tão delicadas de uma fada
E o tempo que voraz, os sonhos mói.
Quem dera se eu pudesse, ah quem me dera.
Não tendo mais sequer a primavera,
Invernos que carrego dentro em mim.
Trazer então o fim para o começo.
Recomeçando os passos sem tropeço,
Reencontre o lado bom, quem sabe, em mim.