DESACATO

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Ordeno um desacato ao coração.

Que possa provocar uma desordem,

que ele pise sobre a provocante razão.

Quão recato sempre mantendo a ordem.

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Razão?

Que seja feita a mais profunda irreverência,

uma distinção entre o falso e o Verdadeiro...

Sem cinismo, que fale da vivência...

Mas com a delicadeza de um recato ordeiro.

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Prefiro

Ferir a consciência à curar o sentir,

até porque ele tem a preferência do meu viver

anarquista e explorador, que conquista com dor

todo sentimento que venha, a felicidade, garantir.

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Angela Chagas & Janete do Carmo/ 27.01.09