A velha teimosia não me larga

A velha teimosia não me larga

Sou mesmo cabeçudo, mas garanto

Que enquanto não secar todo o meu pranto,

A voz sem solução inda se embarga.

A vida continua sendo amarga,

O resto de esperança quando janto

Mostrando esta faceta: desencanto,

Impede que eu deseje o gozo à larga.

Largado pelas ruas, um lagarto,

Enquanto não decido, já nem parto

E fico boquiaberto ao ver as teias

Que teces tão somente pro domínio

Usando o teu poder-raro fascínio,

Bebendo todo o sangue em minhas veias...

Marcos Loures

Amigo nosso caso é semelhante

A vamp sanguessuga não me deixa

Por mais que eu insista em minha queixa

já não desato o nó deste barbante.

É luta que não para, - estressante

E grito pelos mil alto-falantes,

Na velha teimosia, ela insiste

Meu ego se afogando, não resiste.

Talvez no pai de santo, a solução

Cachaça eu dei pro santo e muita prece,

Mas preso vou seguindo nesta teia.

Não cai este castelo de areia.

Cabeça que não pensa corpo padece.

O jeito é seguir na contra mão.

josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 30/01/2009
Reeditado em 31/01/2009
Código do texto: T1413813