Sempre aprendiz

Sendo a metamorfose um instrumento,

Que faz do poeta um ser plural,

Momentos de vidraça, outros metal,

Emergindo do fundo ao firmamento.

Transmutação capaz na poesia,

Na mágica arte de fazê-lo

Realidade vira fantasia;

O feio, tantas vezes, se faz belo.

Emoldurando, assim, belas paisagens

Nos versos que, a emoção, brota do peito,

Cada poeta os transmite do seu jeito.

A poesia não se perde nas viajens,

Girando, feito o mundo, no Universo;

É o poeta a virar-se do avesso.

Josérobertopalácio

Moldada por esparsos sentimentos

A poesia unindo corações

Exposta à profusão dos vários ventos

Trafega por diversas direções.

Às vezes calmaria, outras tormentos

Ao traduzir assim as emoções

Enquanto fere mostra bons ungüentos

Apascentando em plenos turbilhões.

Gerando e destruindo; reproduz

A escuridão disforme ou plena luz,

Mosaico indescritível e prismático.

A mão que a quem tropeça, cedo apóia,

Lapida tanto o podre quanto a jóia,

Por isso ser poeta é ser lunático...

marcosloures

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 16/02/2009
Reeditado em 23/05/2010
Código do texto: T1442715