LIBERTO O AMOR, PREZO A LIBERDADE

No manto negro da noite descubro

que não consigo viver sem poesia.

Deitadas letras no nascer sol rubro

Deito-me eu no desfraldar do dia

Bem sei que meu corpo dormita

Sobre nuvens de sonhos acordados

Fecham-se os olhos e a alma levita

Pra ver o sol esparzir do outro lado

Das tuas poesias o meu alimento

Me apodero delas num segundo

Assim faminto devoro-as sedento

Aprisionando-me no teu mundo

Meu mundo sou eu flutuando

Nas ondas quiméricas da vida

E, na poesia, me adivinhando

Sempre pintando a vida aludida

Hoje brigo com o meu coração

mesmo passando eu da idade

Rendo-me ao apelo da escravidão

querendo ser preso pela vontade.

Minha vontade toca as nuvens

Com pés fincados na liberdade

No passatempo, a vida urge

O tempo passa – sou atualidade

Sinto que este teu amor mereço

Nos teus braços será a liberdade

Estando disposto a pagar o preço

Se fores tu, presas pela vontade

Prendo-me aos grilhões da vontade

Nos braços de um amor em alvedrio

E o preço que pago é o da saudade

Dos dias quentes em tempo frio

Rs t & Ivone Alves SOL

É muito bom compor contigo! Um abraço mininu adorável! ETA