Nostalgia

Meu natal teve as cores da saudade,

Apenas em tristezas me envolvi,

Tantas mesas cheias, pensando, eu vi,

Tanta fartura e tantos na vontade.

Os livros mostram que a diversidade

Já vêm de antigos tempos e eu cri,

Que se Jesus passou ligeiro por aqui,

Quem sou eu pra ser dono da verdade.

E sigo a perguntar-me se tem jeito.

Será que é assim que é perfeito?

O sofrimento é pra limpar a alma?

Só sei que pra entender precisa calma

Enfim, sendo o mundo obra de Deus,

Há de vir a claridade a tantos breus.

Josérobertopalácio

Obrigado, querida Ana, por ofuscares meu soneto com este diamante que reproduzo a seguir. ahahahahahah

O meu Natal? Saudades tantas meu amigo

De minha mãe, dos entes caros, mais queridos

Que já partiram e no céu acharam abrigo;

Da inocência já perdida, aos tempos idos

Quando Jesus, lá na cocheira me sorria

E de mãos postas se rezava ave maria

Agradecendo a sua vinda em nosso meio

Para trazer a esperança e ser esteio...

Tudo tão longe, a falsidade é que apetece

Data tão linda que perdeu significado

E tem o gosto do viver mais calculado

E pareceu-me que se Deus aqui voltasse

Sequer achava um coração em alegria

Doeu bem fundo essa tristonha nostalgia...

Ana Maria Gazzaneo

Você me inspira muito!

Beijos querido.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 28/12/2009
Reeditado em 28/12/2009
Código do texto: T1999166