Nostalgia
Meu natal teve as cores da saudade,
Apenas em tristezas me envolvi,
Tantas mesas cheias, pensando, eu vi,
Tanta fartura e tantos na vontade.
Os livros mostram que a diversidade
Já vêm de antigos tempos e eu cri,
Que se Jesus passou ligeiro por aqui,
Quem sou eu pra ser dono da verdade.
E sigo a perguntar-me se tem jeito.
Será que é assim que é perfeito?
O sofrimento é pra limpar a alma?
Só sei que pra entender precisa calma
Enfim, sendo o mundo obra de Deus,
Há de vir a claridade a tantos breus.
Josérobertopalácio
Obrigado, querida Ana, por ofuscares meu soneto com este diamante que reproduzo a seguir. ahahahahahah
O meu Natal? Saudades tantas meu amigo
De minha mãe, dos entes caros, mais queridos
Que já partiram e no céu acharam abrigo;
Da inocência já perdida, aos tempos idos
Quando Jesus, lá na cocheira me sorria
E de mãos postas se rezava ave maria
Agradecendo a sua vinda em nosso meio
Para trazer a esperança e ser esteio...
Tudo tão longe, a falsidade é que apetece
Data tão linda que perdeu significado
E tem o gosto do viver mais calculado
E pareceu-me que se Deus aqui voltasse
Sequer achava um coração em alegria
Doeu bem fundo essa tristonha nostalgia...
Ana Maria Gazzaneo
Você me inspira muito!
Beijos querido.