Cantando a lira.
Provinha michuruca eu sequer faço
Ameaça não me faz tremer na pose
Estou na TPM, risco um traço
Se passas deste lado, simbiose!
Duvido o teu poder sobre o meu azo
Calado e em bom tamanho o fim do caso
Quem manda neste morro é o meu berro
E nem pense em argüir, senão te aterro.
Malandro bom, tu sabe, não faz pose...
Nem conta uma farofa a céu aberto.
Porisso malandraco, fique esperto...
Comigo tu só reina por osmose
Ou fica bem distante desta mira
Ou venha em fala mansa e canta a Lira...
AnaMariaGazzaneo
Eu vou cantar a lira, é mais seguro!
Do tiroteio, amiga, estou correndo
Este morro, ligeiro, eu vou descendo
Senão vou pro caixão, aí é choro.
Conheço a malandragem e dou no couro,
Mas fico só de baixo assistindo,
Jamais quero polícia me arguindo,
Melhor um cozidão com cabilouro.
Limite demarcado eu não entro,
Eu sei o dia do meu nascimento;
Ainda tenho muito que viver.
Eu quero agora mesmo é me entreter.
Deixar em liberdade a minha vida.
Sem rumo feito uma bala perdida.
Josérobertopalácio