Cantando a lira.

Provinha michuruca eu sequer faço

Ameaça não me faz tremer na pose

Estou na TPM, risco um traço

Se passas deste lado, simbiose!

Duvido o teu poder sobre o meu azo

Calado e em bom tamanho o fim do caso

Quem manda neste morro é o meu berro

E nem pense em argüir, senão te aterro.

Malandro bom, tu sabe, não faz pose...

Nem conta uma farofa a céu aberto.

Porisso malandraco, fique esperto...

Comigo tu só reina por osmose

Ou fica bem distante desta mira

Ou venha em fala mansa e canta a Lira...

AnaMariaGazzaneo

Eu vou cantar a lira, é mais seguro!

Do tiroteio, amiga, estou correndo

Este morro, ligeiro, eu vou descendo

Senão vou pro caixão, aí é choro.

Conheço a malandragem e dou no couro,

Mas fico só de baixo assistindo,

Jamais quero polícia me arguindo,

Melhor um cozidão com cabilouro.

Limite demarcado eu não entro,

Eu sei o dia do meu nascimento;

Ainda tenho muito que viver.

Eu quero agora mesmo é me entreter.

Deixar em liberdade a minha vida.

Sem rumo feito uma bala perdida.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 04/01/2010
Código do texto: T2010532