Flor do sertão
Malgaxe e Márcia Kaline

Quantas flores vem da tristeza,
Da cinza paisagem da caatinga,
Há sim uma nobre e viva beleza,
Nas terras secas, a vida vinga!


Apesar do castigo da natureza
A vida  na caatinga sobrevive,
As flores renascem com realeza
Quando a chuva o seco sertão, revive!


Mas a flor mais bela surgida,
E que em minhas utopias eu vejo,
É a fé da eterna súplica nascida,
Na alma do solitário sertanejo!


Homem valente é o sertanejo,
Sempre com fé leva a sua vida,
Confiante no seu Deus benfazejo
Ele vence a cada dia a sua lida!


E em tempos que o mundo num grito,
Vê confuso a fúria da natureza,
O sertão vive seu desditoso destino,
Nunca muda em seu céu, a tristeza!

Reflete-se assim a paisagem do sertão
Na pele do povo de face entristecida,
Mas que alegria preserva no coração
Na esperança que nunca será adormecida!


Márcia Kaline Paula de Azevedo e Malgaxe
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 12/01/2010
Reeditado em 30/04/2012
Código do texto: T2025533
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