SOLIDÃO


Solidão! Monstro que me consome.
Sem dó, percorre minhas entranhas;
do meu amor, não matando sua fome,
em viés, com ele, faz sua barganha...


Sempre escusos os seus disfarces,
surge, rastejando qual vil serpente...
Minh’alma em luz decifra suas faces;
do meu amor, nunca terá a semente!

Torna-se o espinho e, não a sua flor,
roubando-lhe as pétalas e seu aroma.
A cada segundo, aumenta minha dor...


A dor não soma; o vazio, tudo toma!
Acorda! Há sonhos para se recompor!
Sou poesia... Solidão não me doma...



Anna Peralva & Oswaldo Genofre

07/03/2010



Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 08/03/2010
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