Amor Atacado

Gisele/Célio

De um cigarro picado

A mil pedaços

Na imaginação de um amigo

Consegui ver ...

Sentada num boteco

Bebendo uma gelada

A controvérsia de uma situação inusitada

Cacos...

Pedaços...

Retalhos...

De uma tarde...

E quando dá branco?

Pinta-se nem que seja de preto!

Na hora...

Não, pára!

Assim como uma batida diferente

Que ecoa dentro da gente

É...

Olá, olé, axé!!!

Celicinear é preciso.

Quanta arrogância, meu Deus!

O que é de bom

Cai na veia.

É tanger com os ovos de todo mundo

É o atacado por pedaços,

De um amor do acaso,

De um conflito resolvido.

Não estou cá com meus botões

Estou cá comigo.

Vamos fazer a festa

Porque o ébrio flambra a alma.

Arranjo e desarranjo

Dos dons e dos talentos

Das minhas habilidades.

Então o solo fica

automaticamente fértil

Quando o coração sábio discerne

O momento exato:

Da dor...

Do amor...

Da verdade...

Da dúvida!

Sonhe abaixo de 80°

Em linha reta

Sem limites de um ósculo roubado

Porque estou aprendendo a viver

Nesse versus da luta diária

Do céu e do inferno

Da nossa vida

Resumida em uma mesa de boteco

Ao som de qualquer coisa

Como um amor por atacado.

Gisele Lima
Enviado por Gisele Lima em 21/08/2006
Código do texto: T221583