Eis o poeta!

Sendo a metamorfose um instrumento,

Que faz do poeta um ser plural,

Momentos de vidraça, outros, metal,

Emerge do fundo ao firmamento.

Transmutação capaz na poesia,

Na mágica arte de fazê-lo

Realidade vira fantasia;

O feio,em suas mãos, torna-se belo.

Emoldurando, assim, quaisquer paisagens

Com versos que, as emoções, brotam do peito;

Ourives! Os lapida do seu jeito.

E segue a poesia suas viagens

Girando feito o mundo, no Universo...

Poeta vira a Lua do avesso.

Josérobertopalácio

Moldada por esparsos sentimentos

A poesia unindo corações

Exposta à profusão dos vários ventos

Trafega por diversas direções.

Às vezes calmaria, outras tormentos

Ao traduzir assim as emoções

Enquanto fere mostra bons ungüentos

Apascentando em plenos turbilhões.

Gerando e destruindo; reproduz

A escuridão disforme ou plena luz,

Mosaico indescritível e prismático.

A mão que a quem tropeça, cedo apóia,

Lapida tanto o podre quanto a jóia,

Por isso ser poeta é ser lunático...

marcosloures

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 23/05/2010
Reeditado em 28/09/2012
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