Eis o poeta!
Sendo a metamorfose um instrumento,
Que faz do poeta um ser plural,
Momentos de vidraça, outros, metal,
Emerge do fundo ao firmamento.
Transmutação capaz na poesia,
Na mágica arte de fazê-lo
Realidade vira fantasia;
O feio,em suas mãos, torna-se belo.
Emoldurando, assim, quaisquer paisagens
Com versos que, as emoções, brotam do peito;
Ourives! Os lapida do seu jeito.
E segue a poesia suas viagens
Girando feito o mundo, no Universo...
Poeta vira a Lua do avesso.
Josérobertopalácio
Moldada por esparsos sentimentos
A poesia unindo corações
Exposta à profusão dos vários ventos
Trafega por diversas direções.
Às vezes calmaria, outras tormentos
Ao traduzir assim as emoções
Enquanto fere mostra bons ungüentos
Apascentando em plenos turbilhões.
Gerando e destruindo; reproduz
A escuridão disforme ou plena luz,
Mosaico indescritível e prismático.
A mão que a quem tropeça, cedo apóia,
Lapida tanto o podre quanto a jóia,
Por isso ser poeta é ser lunático...
marcosloures